O Príncipe Engraçado
A Rede Cognata diz que engraçado =
ENCANTADO = ENCONTRADO = POTENTE = PRUDENTE = PATENTE e segue. Assim, o
Príncipe Encantado = PRÍNCIPE ENGRAÇADO = PRÍNCIPE ENCONTRADO.
Mas príncipe = FILHOS = PINTOS =
SOBERANOS (a princesa está fazendo a projeção de que ele será rei quando o rei
atual morrer; ela é uma interesseira também, está buscando o melhor futuro) =
EMPINADOS (duros, no sentido de estarem eretos, prontos para o sexo) = PODEROSO
= FUDEROSO (uma gíria brasileira) = FANTASIA= ENGENHARIA = SACANA (significando
sexo variado e inventivo, ousado).
Que é melhor que PODEROSO ENGRAÇADO?
Mas isso não teria explicação não
fosse o Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens (MCES). Sabemos que na RC
sapo = SEXO = PIRU = PAU = HOMEM = SONHO = SOMA = SANÇÃO = PUNÇÃO = SÓ =
PRISIONEIRO e segue. Mas a explicação vem mesmo da vida contida e contadinha da
Caverna geral na qual ficavam as mulheres em serviços repetitivos, sem
liberdade, sonhando com a libertação dos grandes espaços e dos tempos não-cíclicos.
Por um lado estão presas molecularmente à repetição, aos círculos, por outro
sonham com o rompimento, com fugir de casa, com encontrar o PODEROSO ENGRAÇADO
que as levará para um castelo, a casa-caverna rica e sem trabalho, a CASA DO
SENHOR. Se for um grande fodedor (piru potente), se for galante (príncipe), se
for engraçado melhor ainda.
E engraçado é potente porque é
confiante, porque é despreocupado; quem esteja aflito não pode ser uma pessoa
poderosa, porque está cheio de preocupações com o futuro e porque é menor que o
futuro.
As mulheres não são idiotas, nós
sabemos; mas são ainda mais espertas do que se imaginava antes.
Vitória, quinta-feira, 12 de janeiro
de 2006.
A
FANTASIA DO PRÍNCIPE
(conto de Portugal, colhido por Adolfo Coelho)
Era uma
vez um rei que não tinha filhos e tinha muita paixão por isso, e a mulher
disse que Deus lhe desse um filho mesmo que fosse um sapo. Houve de ter um
filhinho como um sapo; depois botaram as folhas a ver se havia quem o queria
criar, mas ninguém se animava a vir. O rei, vendo que o sopito do filho não
havia quem o queria criar, anunciou que, se houvesse alguma mulher que o
quisesse criar, lho dava em casamento e lhe dava o reino.
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