quinta-feira, 28 de dezembro de 2017


Os Zoutros Cidadãos do Inferno

 

Talvez a gente faça uma idéia muito errada do Inferno geral (porque se for organizado empresarialmente deve ter uma matriz e filiais, quem sabe uma para cada nação da Terra, para cada estado, para cada município-cidade: naturalmente umas filiais seriam maiores que as outras). Ninguém diz que não é democrático como nos EUA, e que não sejam cobrados tantos tributos como no Brasil (aqui é um inferno tributário, com 72 tipos diferentes, dizem). Como já afirmei, se tiver mulher deve ser superorganizado (ver texto O Inferno Organizadinho, Livro 151).

Na realidade, se nós formos para o inferno não acharemos tanta diferença assim, porque se listarmos as coisas que fazemos e calados e indiferentes vemos fazer na Terra tudo é mesmo infernal. E certamente lá estarão todos os de que não gostamos, os “zoutros”, os que são culpados ou cúmplices das maiores barbaridades, todas as coisas que detestamos.

Será o inferno uma democracia?

Não está dito que não é, só dizem que as pessoas queimam (em que tipo de chama não dizem, todos deduzem que é fogo: talvez seja fogo espiritual) e levam chicotadas, além de espetadas dos grandes garfos. Talvez lá possam votar em dois partidos muito semelhantes que fingem ser diferentes, como nos EUA, ambos a favor do diabo. Seguramente lá estarão todos os chefes e se escapar um ou outro é por puro acaso. Todos os homens que bateram em mulheres e crianças vão poder bater uns nos outros, se revezando na posição suposta inferior. Poderíamos fazer uma lista enorme de defeitos que levariam os zoutros à posição degradante de cidadão do inferno. Cidadania talvez haja, mas seria cidadania degradada, como na Bolívia ou na maioria dos países da África.

Acho até que se alguém se dispusesse a mapear a Terra (como a Anistia Internacional) com PARÂMETROS INFERNAIS poderia se surpreender ao ver que a maior parte do Globo ficaria vermelha, vibrando nas cores tomadas como satânicas.

MAPA DO INFERNO NA TERRA

 
Tudo que é deplorável nos outros e em nós mesmos.

Vitória, domingo, 15 de janeiro de 2006.

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