sexta-feira, 8 de dezembro de 2017


Escravo do Bar

 

Transpareceu no Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens (MCES) que o bar é a atual fogueira dos caçadores: os homens vão lá para contar vantagens das caçadas (que atualmente miram mulheres, carros, jogos representativos da caçada, ganhos socioeconômicos) e as mulheres vão em busca de depósitos de esperma nos vasos ou vaginas.

Tão simples e tão complexo quanto isso.

Mas, evidentemente, alguns se tornam dependentes e só sabem viver ali, porque bar (enquanto lugar da liberdade, como disse Gonzaguinha) é tão viciante quanto qualquer outro vício, qualquer droga, inclusive porque tem bebidas e comidas, dois coadjuvantes poderosos. Contudo, o vício mais poderoso de todos é a palavra, já que a humanidade é preferencialmente viciada nisso – não conseguimos escapar.

AS FORMAS DE TOMAR PALAVRAS

·       Conversas, conversas, conversas a respeito de tudo e de nada, “falar abobrinhas”;

·       TV, Rádio, Revista, Jornal, Livro, Internet, telefone (ele era apenas canal, mas tornou-se recentemente meio, vive por conta própria), todas as formas pequenas e grandes de mídia;

·       Discursos, música ao vivo, o que mais for.

Há nitidamente pessoas escravizadas ao bar, tanto ao pessoal dele quanto ao ambiental; elas não podem passar sem ir lá. Isso existe e conseguimos ver, mas o importante aqui é a coligação com as palavras, a DENOTAÇÃO DO VÍCIO e de sua capacidade implícita de viciar, é anotar as conversas anônimas, trocando os personagens por símbolos (mesmo assim com muitos cuidados para não constranger nem evitar a espontaneidade).

Por quê as pessoas vão aos bares?

No quê os bares estabilizam a Psicologia (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias)? Que papel os bares representam na estabilização ou harmonização POPULAR dos sentimentos e das razões?

Vitória, quinta-feira, 08 de dezembro de 2005.

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