Escravo do Bar
Transpareceu no Modelo da Caverna para
a Expansão dos Sapiens (MCES) que o bar é a atual fogueira dos caçadores: os
homens vão lá para contar vantagens das caçadas (que atualmente miram mulheres,
carros, jogos representativos da caçada, ganhos socioeconômicos) e as mulheres
vão em busca de depósitos de esperma nos vasos ou vaginas.
Tão simples e tão complexo quanto
isso.
Mas, evidentemente, alguns se tornam
dependentes e só sabem viver ali, porque bar (enquanto lugar da liberdade, como
disse Gonzaguinha) é tão viciante quanto qualquer outro vício, qualquer droga,
inclusive porque tem bebidas e comidas, dois coadjuvantes poderosos. Contudo, o
vício mais poderoso de todos é a palavra, já que a humanidade é
preferencialmente viciada nisso – não conseguimos escapar.
AS
FORMAS DE TOMAR PALAVRAS
·
Conversas,
conversas, conversas a respeito de tudo e de nada, “falar abobrinhas”;
·
TV,
Rádio, Revista, Jornal, Livro, Internet, telefone (ele era apenas canal, mas
tornou-se recentemente meio, vive por conta própria), todas as formas pequenas
e grandes de mídia;
·
Discursos,
música ao vivo, o que mais for.
Há nitidamente pessoas escravizadas ao
bar, tanto ao pessoal dele quanto ao ambiental; elas não podem passar sem ir
lá. Isso existe e conseguimos ver, mas o importante aqui é a coligação com as
palavras, a DENOTAÇÃO DO VÍCIO e de sua capacidade implícita de viciar, é
anotar as conversas anônimas, trocando os personagens por símbolos (mesmo assim
com muitos cuidados para não constranger nem evitar a espontaneidade).
Por quê as pessoas vão aos bares?
No quê os bares estabilizam a
Psicologia (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou
economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias)? Que
papel os bares representam na estabilização ou harmonização POPULAR dos
sentimentos e das razões?
Vitória, quinta-feira, 08 de dezembro
de 2005.
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