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Nos ônibus no Espírito Santo há na frente junto ao motorista – em geral – sete lugares (dos 42 sentados que há nos coletivos) reservados aos idosos, aos que têm mais de 65 anos comprováveis em carteiras de identidade. Quase nunca os vejo apresentando-as, pois a idade é denunciada pelos cabelos brancos ou os gestos, a forma de se comportar, que a gente quase toda aprende a identificar.

Foi uma lei muito meritória, porque lhes dá real liberdade de ir e vir a um custo para os passageiros e o coletivo de viagens (os empresários e os governos nunca pagam nada) de 1/7 ou pouco menos de 15 %, o que é fracionalmente muito menos que gastamos todos e cada um com porcarias. Feliz é esta sociedade que pode fazer isso por seus idosos, respeitando suas necessidades de viajar com total liberdade em todo o espaço metropolitano sem pagar um centavo, podendo ir visitar os filhos, netos, parentes e amigos numa época particularmente sensível de suas existências.

Esta está muito longe de ser a melhor das sociedades que podem existir, mas alguma coisa já foi feita, bem melhor que no passado. Essa coisa dos lugares é muito diferente da inconstitucional separação de um caixa nos bancos para os idosos, porque no caso dos ônibus é doação de um produto, enquanto nos bancos é doação de um direito.

Também há muita patifaria, de gente jovem ocupando o lugar dos idosos, o que deve ser coibido.

Vitória, terça-feira, 20 de dezembro de 2005.

 

JOVENS PATIFES

POLÍTICA Idoso não é respeitado nos ônibus Os mais jovens ocupam as cadeiras reservadas, enquanto a terceira idade viaja em pé. Bancos são ocupados por jovens, e idosos ficam em pé.

NOTÍCIA VELHA (em toda parte está acontecendo isso) – Ministério Público do estado do Rio Grande do Sul.

01/11/2005 - Bancos Empresas usam idosos para furar filas em bancos Enquanto os bancos tentam se adaptar às leis que estabelecem limite de tempo para o atendimento dos clientes, diversas empresas estão contratando idosos para conseguir se livrar da fila nas agências. Com atendimento preferencial garantido pelo Estatuto do Idoso, os chamados "office-olds" conseguem fazer mais pagamentos em menos tempo.