Transferência de
Processamento
Alguém já insinuou
que as máquinas-terminais na maioria das casas não precisariam ser grandes, ter
toda essa parafernália, essa tralha infindável que está coligada ao interesse
principal. O Google já faz isso, porque quando é que minha máquina simples (mas
complexa em relação ao passado) poderia acessar em frações de segundos todos os
computadores, realizar os mapeamentos e trazer as respostas? Às vezes demora
somente 0,06 segundo para virem milhões de páginas. Do mesmo modo
(classificando os usuários como ricos, médio-altos, médio, médio-baixos ou
pobres e miseráveis em solicitações, ou classes A, B, C, D, E, como acontece
com a riqueza do TER), a grande maioria não necessita de grandes
programáquinas. Se acompanhar, por exemplo, a riqueza do ter no Brasil onde 20
% detêm 80 % da riqueza e 0,6 % nada menos que 13 % de tudo, se for semelhante
em termos de uso só poucos precisarão de imensos programáquinas e quase todos estes
estarão situados numa das 6,0 mil universidades, num dos 8,0 mil brancos, num
dos 4,0 mil estados estimados, numa das 200 ou 300 mil sedes de prefeituras,
coisas assim, sem falar nas grandes empresas.
Os
usuários pobres ou miseráveis em interesses não precisam ter grandes HD’s, nem
muita memória de ligação, nem terão de proteger coisa alguma que seja sensível
(conhecimento de ponta, patentes, segredos industriais, contas, etc.) dos olhos
ou do saber alheio. Para eles a memória residual do conjunto de programáquinas
do mundo sobraria, o que pode ser roteado e administrado pela ONU, com o
beneplácito ou aprovação dos governempresas.
Digamos que 50 % de
todos os proprietários de computadores delegassem a esse teleprocessamento o
poder computacional: ficariam só com a tarefa de satisfazer o desejo (e teriam
suas vidas monitoradas; mas de qualquer forma nada há de sensível a monitorar),
fosse o de entrar na Internet, fosse o de fazer pesquisa para trabalho escolar
ou fazer uma planilha do EXCEL ou o que estivesse em tela. Apenas digitariam e
a tele-programáquina realizaria o trabalho, guardando as memórias em nome de A,
com uma senha de acesso, que seria digitada no teclado. A ONU publicou em Tunis,
Tunísia, que um computador para crianças estudantes de US$ 100 será lançado, a
tela custando somente U$S 35. Se fosse despojada de qualquer dispositivo tal
máquina poderia custar apenas US$ 40, caindo a US$ 20 no futuro, quando os
preços capotassem ainda mais, pois teria somente tela, teclado e ligação
telefônica universal (paga pelos governempresas, cujo brinde seria o de seguir
os passos dos atos de banditismo). Serviria como bloco de notas ou agenda,
telefone celular, máquina de calcular, máquina fotográfica, tocador de MP3,
localizador interfacial para pais e parentes e assim por diante.
Vitória, sábado, 26 de
novembro de 2005.
Nenhum comentário:
Postar um comentário