domingo, 3 de dezembro de 2017


Os Escravos de Jó

 

                            Essa é uma cantiga de roda que existe não se sabe há quanto tempo; naturalmente eu a ouvi há 40 e tantos anos e talvez outros tenham ouvido há muito mais tempo. Talvez venha desde a época bíblica de Jó, sabe-se lá quando.

                            Então, usando a Rede Cognata podemos fazer muitas traduções, como sempre; aí embaixo vão algumas:

                            A INOCENTE CANTIGA

Escravos de Jó
Jogavam caxangá
Tira, bota
Deixa o Zé Pereira ficar
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue, zigue, zá
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue, zigue, zá
Escravos de Jó
Jogavam caxangá
Tira, bota, Deixa o zambelê ficar
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue-zigue-zá

                            UMA

·       ESCRAVOS DE JÓ

BOTAVAM COMIDA

TIRA, BOTA

DEIXA O PRIMEIRO SENHOR PEGAR

CORRERIAS COM CORRERIAS

FAZEM ZIG ZIG ZÁ

CORRERIAS COM CORRERIAS

FAZEM ZIG ZIG ZÁ

                            DUAS

·       NEGROS DE DAR

DAVAM COSTA

TIRA, BOTA

DEIXA O SEU PAU FICAR

CACETES COM CACETES

FAZEM SANGUE, SANGUE, SAIR

CACETES COM CACETES

FAZEM SANGUE, SANGUE, SAIR

                            TRÊS

·       MULHERES DO TARADO

DAVAM CONTA

DÁ, BUCETA

DEIXA O SEU HOMEM PUTO

QUERIDINHAS COM QUERIDINHAS

FAZEM PAGAR, PAGAR, SIM

QUERIDINHAS COM QUERIDINHAS

FAZEM PAGAR, PAGAR, SIM

De forma que são várias estórias embutidas numa cantiga de roda; e várias delas muito maliciosas, inclusive dando foros de verdade à mentira do Rafael Galvão abaixo. E se mudar de “Zé Pereira” (que é português) para Zabelê ou Zambelê (que não sei de onde vem) fica mais esquisito ainda, pois “deixa o Zambelê ficar” = DEIXA O PINTO FICAR = DEIXA O PROPRIETÁRIO PUTO = DEIXA O SAFADO PUTO e assim por diante. Sempre tem várias vozes falando na mesma frase.

Vitória, agosto de 2005.

 

JÓ TINHA ESCRAVOS (eles não tinham moleza, não, trabalhavam à bessa)

ESCRAVOS DE JÓ
Escravos de Jó
Jogavam caxangá
Tira, bota
Deixa o Zé Pereira ficar
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue, zigue, zá
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue, zigue, zá
Formada a roda, as crianças permanecem paradas, podendo inclusive ficar sentadas, com um objeto igual para todos (pedrinhas, copo, caneca, etc.), na mão direita. Ao ritmo da música, marcando os tempos fortes, iniciam a brincadeira de passar o objeto que têm na mão direita para o vizinho da direita, e receber com a mão esquerda o objeto do vizinho da esquerda (se estiver de pé), trocando-o rapidamente de mão.
Escravos de Jó
Rafael Galvão
Admito ter uma tendência incontrolável a inventar bobagens.
Há alguns anos resolvi convencer uma moça, numa manhã meio tediosa, de que a música infantil "Escravos de Jó" era uma ode ao homossexualismo que já estava aí por mais de dois mil anos.Parte inferior do formulário
 
Escravos de Jó
Jogavam caxangá
Tira, bota, Deixa o zambelê ficar
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue-zigue-zá

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