quarta-feira, 6 de dezembro de 2017


Notícias Amazônicas

 

Não é só na Bacia Amazônica, seria em todo o canal salgado, depois transformado em LAS, Lobato da América do Sul.

O CANAL SALGADO CAPTURADO DO PÁLEO-PACÍFICO (a Leste dos Andes e a Oeste do Planalto Brasileiro) – tinha 2/3 da área atual da América do Sul, talvez 12 milhões de quilômetros quadrados.

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Com toda certeza as coisas e as pessoas não surgem prontas, ninguém acorda em consciência aos 21 anos, a formação é laboriosa, é a doação de pai e mãe ao mundo, e da própria pessoa. Do mesmo modo o canal salgado não se transformou em LAS da noite para o dia, tudo veio do levantamento pela Placa de Nazca e pela deposição de detritos por 273 milhões de anos (antes do aparecimento do Arco dos Andes, deve ter sido depositado sobre o que era então fundo do Páleo-Pacífico e foi emergindo). O consórcio de rios chamado Amazonas não existia, os páleo-rios desaguavam a Oeste, não a Norte (ou ao Sul para formar a Bacia do Prata).

Foram necessários muitos depósitos para formar esses dois bancos, essas duas cooperativas, o Amazonas e o Prata – zilhões deles, 273 milhões de anos vezes 365 dias/ano, quase 100 bilhões de dias de chove e corre, carregando detritos incontáveis até formar a parte que lhe cabia (fora o levantamento, digamos meio a meio), ou seja, 12 milhões de quilômetros quadrados vezes 1,5 km de profundidade, uns 20 milhões de quilômetros cúbicos de materiais antes vivos (arquea, fungos, plantas, animais e primatas), inumeráveis árvores apodrecendo, corpos de animais de toda espécie (vários petrificados), tudo está lá para as pesquisas:

1º. Material do canal salgado, ainda Páleo-Pacífico, peixes e mamíferos marinhos, se já existiam, e muitos dinossauros desavisados (como a grande flecha caiu no Brasil, os dinos demoraram a aparecer por aqui);

2º. Restos das plantas capazes de viver em ambiente salino ou salobro, e animais competentes para lidar com ambos os ambientes;

3º. Resíduos do canal doce depois de fechado em cima em Marajó e em baixo na Argentina;

4º. Resquícios dos pantanais (era um só nos primórdios, depois milhões no final, agora resta o Pantanal Mato-grossense);

5º. A elevação a nível de solo, etc.

Enfim, trilhões de toneladas, desde as atuais do solo fértil, até os estéreis de antigamente, fundos salinos, outro pré-sal, este de terra, o pré-sal de Oeste. Muitos restolhos compactados e extremamente compactados, esmagados, prensados como surfa, como folhelhos piro betuminosos, o xisto – não é somente o petróleo profundo, a três quilômetros para baixo no fundo do Páleo-Pacífico, é também o xisto mais antigo e a turfa mais recente, de formação incompleta.

Enfim, recursos amazônicos, gigantescos por qualquer medida.

Vitória, quarta-feira, 6 de dezembro de 2017.

GAVA.

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