Livre Arbítrio,
Faculdade, Entendimento e Fé
Livre arbítrio (na Rede Cognata LIVRE
QUERER) é a capacidade de nos dilemas - a capacidade de na duplicação das
possibilidades - poder escolher entre um e outro sem injunção, sem comando
exterior. A PESSOA (indivíduo, família, grupo ou empresa) pode escolher sem a
presença da Natureza ou de Deus ou de quem quer que seja.
Faculdade é o pensamento (nas
faculdades das universidades está-se eminentemente pensando), a inteligência, a
capacidade de resolver problemas (não necessariamente resolvendo-os, porque as
pessoas podem desistir dessa possibilidade, como acontece nos mundos mais
atrasados, inclusive no Brasil, onde as elites copiam as outras, renunciando a
seus caminhos próprios). Já entendimento é a capacidade de, tendo faculdade,
ser capaz de penetrar a solução efetivamente e compreendê-la.
Fé está além do entendimento no
sentido de ser renúncia: a fé total é a renúncia total, a inclusive de
livre-escolher, de livre-arbitrar, de livre-querer. Porisso todo religioso está
necessariamente renunciando a seu livre-querer no sentido de deputá-lo ou
atribuí-lo a Deus. Quanto mais longe vai a fé mais longe vai a abdicação, a
abstenção da faculdade de pensar que caracteriza o ser humano. Neste particular
está-se deixando de ser humano NO SER HUMANO, na racionalidade, para
ser-humano-em-ELI (Natureza-Deus). Não pense que é uma burrada, às vezes tentar
decifrar muito precocemente é que pode ser estupidez.
Já que a RC diz que fé = AMOR = EMOÇÃO
= PAIXÃO, amar é abdicar de saber, é pela emoção negar a procura de saber sobre
o ser amado. Se aceita e pronto. Enquanto se está amando não se procura entendimento,
nem faculdade, nem nada disso: de fato, quando as perguntas começam isso é
indício de fim de amor, de falta de fé, de que o casamento está indo para o
brejo e de que a antiga paixão está esfriando. Isso, evidentemente, pode ser
testado pelos programas de quesitos dos psicólogos com todos os seus questionários
das várias fases de aproximação do par fundamental homem-mulher.
Vitória, quinta-feira, 08 de dezembro
de 2005.
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