Fábricas na Lua
Ao dizermos assim vamos sempre pensar
em atarefados seres humanos dirigindo-as e trabalhando nelas, às vezes em
pesadas roupas espaciais, mas isso é o pensamento velho - que reproduz o
passado – tentando interferir no - e guiar a construção do - futuro. Seres
humanos precisam de oxigênio, de fungos, de plantas, de animais e até de
primatas, mas robôs, não; de fato não dependem de ar ou de água, só de metais e
energia, porisso podem ir a muitos lugares que nossos corpos não iriam, levando
apenas nossas mentes.
AINDA
VÊEM O FUTURO ASSIM
(fábricas na Lua: à esquerda uma fábrica de oxigênio, porém robôs não respiram;
à direita uma cúpula, mas robôs não necessitam de nada disso, podem estar ao
tempo)
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CIDADES NA LUA (são as da Terra, transplantadas para lá)
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Os artistas e os ficcionistas da FC
tendem a construir do futuro cidades muito parecidas com as de agora, só que
adaptadas às condições lunares ou marcianas. Por acaso as cidades de agoraqui
são muradas como as da Idade Média? É pura doideira. Devemos pensar o futuro
como tal e não como passado. O que precisaremos REALMENTE na Lua ou em Marte?
Enviar um quilograma de matéria custa muito em energia, porisso devemos enviar
informações, porque como venho dizendo há 20 e tantos anos o elétron é 1.840
vezes mais leve que o próton e 3.680 vezes mais leve que a soma de próton e
nêutron. A informação é muito mais leve que a matéria pesada. Assim, em vez de
enviarmos robôs prontos enviaremos um só com a informação de como fazer o
segundo e o terceiro, estes uma fábrica inteira, depois uma base, uma cidade,
um suporte geral para o pouso futuro da humanidade. Na Lua precisamos de
fábricas robotizadas que construam robôs, não seres humanos.
Vitória, quarta-feira, 04 de janeiro
de 2006.
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