Estação Lua a Caminho de Marte
A Lua gira em torno da Terra de 350 a
450 mil km, sendo o diâmetro de nosso planeta 2 x 6.372 = 12.744 km = 12,7 mil
km, então de 27,6 a 35,4 DT. A Terra dista do Sol cerca de 150 milhões de km, distância
que é chamada de Unidade Astronômica, UA; Marte fica a 228 milhões de km ou
1,52 UA, ao passo que a Lua está de 0,002 a 0,003 UA, de 750 a 500 vezes a
distância a Marte.
A Lua fica no quintal da Terra, Marte
é outra cidade.
A
LUA É INDISTINGUÍVEL DA TERRA
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Para ir à Lua é
quase direto e mesmo às velocidades atuais não demoraríamos mais que uma semana
para ir e vir, ao passo que ir a Marte demandaria três anos para ir e voltar.
Então, a “colonização de Marte”, mesmo com as fábricas de robôs, não é plano
para agora, ao passo que a Lua, sim, é o objeto direto de todo esforço da
timidez tecnocientífica atual. Se em três anos há mais de 150 semanas ir a
Marte não é 150 vezes mais difícil, pois é exponencial; Marte não é para a
humanidade destas décadas, a Lua sim.
Como já disse, podemos ir em espírito,
não necessariamente em corpo; podemos enviar robôs de agora ou a futura MICA
(memória, inteligência e controle artificiais). Podemos enviar os primeiros
robôs que se reproduzam aos milhões. Diz a música de Gilberto Gil: “não se
iludam, tudo pode estar por um segundo”. No caso, um segundo-luz, que é a
distância até a Lua.
O COMPRIDO MECANISMO
DE IR E VIR (dá
muitas voltas)
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Devemos OLHAR MACIÇAMENTE A LUA e não
Marte. Marte não é sequer um desafio, porque é por enquanto inexeqüível,
inexecutável, impraticável, ilusório. Devemos nos apegar ao que é prático e
está atualmente ao alcance da teoria tecnocientífica.
Vitória,
sexta-feira, 06 de janeiro de 2006.
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