domingo, 3 de dezembro de 2017


Envolvendo o Prédio

 

No projeto de escrever o livro Anticubo há essa idéia de os prédios serem ainda paralelepípedos que resultam do empilhamento das unidades residenciais, os apartamentos, os apertamentos. Venho reclamando disso desde a década dos 1970. São paralelepípedos, caixas de sapato mais compridas ou mais curtas, mais largas ou mais estreitas, mais profundas ou mais rasas, mas sempre caixotes, porque estão entregues aos engenheiros que planejam unicamente a estrutura, com desconsideração da forma.

Se é a forma que é vista de fora e valoriza imediatamente a construção, se é o conteúdo que serve como utilidade aos moradores, ambos devem ter 50/50 a chance de se manifestar: a forma deve conduzir a postulação interna e vice-versa, o interior deve dizer da forma.

A FORMESTRUTURA VENDIDA

·       AOS AMBIENTES (cidades-municípios, estados, nações e mundo);

·       ÀS PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas):

1.       Ricas:

·       Riqueza do TER;

·       Riqueza do SER;

·       Riqueza do ESTAR;

2.       Médio-altos;

3.      Médias;

4.      Médio-baixas ou pobres;

5.      Miseráveis.

A pele do prédio é sua propaganda.

O QUE PODE VARIAR

·       Cor (quando fui a Salvador, Bahia, em 1991 os prédios de lá já eram intensamente coloridos, tudo na base da emoção, não havia nenhuma racionalidade);

·       Forma (altura, largura, profundidade – que podem variar em cada andar);

·       Sonoridade (isso nunca é pensado, os prédios não cantam);

·       Textura (ainda é época dos brilhos das placas polidas, as pastilhas e os mármores e granitos);

·       Vitalidade e racionalidade (grandes desenhos da Natureza, dos animais – inclusive em extinção -, das humanidades);

·       Relação dimensional dos andares e dos apartamentos (todos querem atualmente ganhar a maior área em relação ao lote ideal);

·       Muitas mais variações que você pensará.

Vitória, agosto de 2005.

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