Defensor do
Personagem
É claro que existem as obras primas
feitas só da cabeça dos autores com as visões-de-mundo que tinham e eram
gigantescas a ponto de permanecerem séculos ou mesmo milênios. Quem poderia
desejar mais do que aquilo que nos deixaram? Na verdade desejamos mesmo e
frequentemente fomos brindados com obras primas, como as dos amigos C. S. Lewis
e J.R.R. Tolkien, entre outras.
Mas há os outros, os que não são tão
grandes.
Não tendo os grandes como produzir
tantas frutas deliciosas quantas desejaríamos, dependemos dos menores, para os
quais os quadros do modelo podem ajudar sobremaneira, daquele jeito sugerido:
que sejam preparadas EMPRESAS DE APOIO na criação de cenários e figuras,
digamos as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os AMBIENTES
(cidades-municípios, estados, nações e mundos) convincentes. Assim como são
preparadas maquetes, stop-motion com modelação por cera, computação gráfica e
todas as outras técnicas haveria na retaguarda esses grupos de criadores
trabalhando sob encomenda (às 22 tecnartes) para dar veracidade visual,
auditiva, olfativa, palativa e tátil aos personagens, principalmente aos
apagados e nada persuasivos opositores dos mocinhos, os bandidos, sempre
inexpressivos.
Seria preciso enquadrá-los nas 6,5 mil
profissões, nos conhecimentos (mágicos-artísticos, teológicos-religiosos,
filosóficos-ideológicos, científicos-técnicos e matemáticos), nas chaves e
bandeiras do modelo, nas informações que fossem surgindo, em todo um substrato
muito mais denso conforme as encomendas, conforme o tempo pago e a qualidade
das ofertas do mercado.
Teríamos DESENVOLVIMENTO DE PRIMEIRO
NÍVEL (o menos denso de todos, o mais superficial), de 2º, de 3º, de 4º e de 5º
nível, este central e mais complexo de todos. Os diretores de cinema poderiam
encomendar densidade tipo 1 ou d.1, d.2, d.3, d.4 e d.5 e já se saberia até
onde se iria em busca de convencimento. Mesmo que não fosse imediatamente
visível estaria nas linhas de fundo, podendo até desdobrar-se em novos
episódios sobre cada personagem.
Vitória, segunda-feira, 05 de dezembro
de 2005.
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