domingo, 3 de dezembro de 2017


Como uma Segunda Pele

 

O corpo humano tem, segundo dizem, uns 25 mil cm2 de superfície. Naturalmente as roupas desenvolvidas são as mais extraordinárias atualmente e no decorrer da geo-história também.

ROUPA


A roupa é uma pele exterior que as mulheres gostam mais que nós de trocar. Mas ela é estática, um embrulho parado, não se mexe, não se adapta. Seria muito bom se o fizesse. Anteriormente fabricaram os elastanos que se comprimem em volta do corpo, pressionando-o e assim dando os contornos, o que é importante e significativo para elas.

Agora, se colocarmos 25 mil computadores, 25 mil microcomputadores, cada qual podendo interpretar e redirecionar as pressões vizinhas teremos a roupa “inteligente”, que reage e pode inclusive assumir qualquer cor. Cada qual teria de se orientar para a proximidade da pele, fotografando-a por qualquer sensoriamento e adaptando-se às condições. Posteriormente, com tal capacidade de memória do coletivo dos microchips o proprietário poderia pedir a roupa que quisesse.

Por enquanto seria apenas uma roupa de apertar.

Contudo, verdadeiramente elegante e até simuladora de qualquer tecido, dado que serão muitos pontos e eles podem emitir qualquer brilho (forma vem da pressão, e cor, imitação de densidade, aparência são subprodutos das cores e jogo de sombras). Poderia também regular a temperatura corporal e massagear. Um mundo de subfunções seria inventado. Evidentemente de início o preço seria muito elevado, mas a multiplicação dos estudos e a superprodução haveriam de baratear a roupa universal.

Vitória, agosto de 2005.

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