quinta-feira, 7 de dezembro de 2017


A Vontade e a Língua Retirada do Escravo

 

Não é só a vontade que é retirada ao escravo, é principalmente a língua, aquilo que leva a humanidade a isso que chamam de Deus, Natureza-Deus, Ela-Ele, ELI, o não-finito.

A DIMINUIÇÃO DO ESCRAVO (retirada progressiva dos direitos)


Triângulo Retângulo: Ele é conduzido a abaixo do humano
 


AMBIENTES
(o escravo é desambientado)
Mundo
 
Nação
 
Estado
 
Município-Cidade
 
PESSOAS
(o escravo é despersonalizado)
Empresa
 
Grupo
 
Família
 
Indivíduo
 

 

 

O escravo é NEGADO, ele é MORTO-em-vida e lhe são tiradas mente e corpo. Por incrível que pareça a Curva do Sino com sua soma zero 50/50 nos diz que metade da humanidade está pronta a renunciar a esse estado de liberdade. Vejo o tempo no meu serviço as pessoas renunciando a suas liberdades implícitas.

Diziam que alguns escravos podiam ter empresas, mas não eram suas, eram de seus patrões.

O escravo devia aprender a língua de seus senhores, quer dizer, renunciar à sua maneira de ver o mundo (o que os negros e os indígenas brasileiros preservaram, estes mais que aqueles), a sua chance de ver o não-finito à sua maneira individual, por escolha própria, por livre-arbítrio; o seu querer não era seu, era emprestado, vindo de vontade alheia. Ele era obrigado aos alimentos dos outros, às roupas alheias, a desvertir-se de sua identidade mental e corporal.

Porisso afirmar a língua é a afirmar a própria liberdade.

Vitória, segunda-feira, 12 de dezembro de 2005.

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