A Expansão Junguiana
da Coletividade
Vimos no Livro 144 em O Indivíduo com Defeitos Freudianos e
Ânsias Junguianas da Coletividade que houve um desvio ocidental em favor da
culpabilidade do indivíduo, que assumiu 100 % da existência, pegando os 50 %
que seriam da coletividade.
O que foi perdido?
Colocando o meio-de-vida de Jung em
1918 agora (2005) já estaríamos perto de 100 anos de desvio
superindividualista. O Capitalismo geral precisava disso, é evidente, tanto que
superinventicou a psicanálise individual, deixando as outras PESSOAS
(indivíduos, famílias, grupos e empresas) de fora, sem falar nas investigações
das porções dos AMBIENTES (cidades-municípios, estados, nações e mundo).
Se Jung falava em inconsciente
coletivo e Freud em inconsciente (id), consciente (ego) e superconsciente
(superego), o mesmo deveria valer para os conjuntos maiores: isso teria
permitido expandir as análises e as sínteses a níveis novos:
·
Inconsciente
familiar (aquilo que as famílias escondem de si mesmas e dos outros, os mitos familiares,
o que é proibido e profundo);
·
Consciente
familiar (as coisas convencionadas faladas livremente);
·
Superconsciente
familiar (o tratamento polido do exterior, o fechamento em comunhões,
insondáveis pelos “de fora”).
Essa teria sido uma investigação
multíplice de grande valor.
Jung foi posto de lado e toda a árvore
que teria nascido da semente posta por ele foi podada. Veja como são fortes as
preferências da superestrutura socioeconômica! Um cientista (Freud) foi
supervalorizado e exaltado e outro (Jung) foi escorraçado. É claro que Freud
(judeu) é da corrente principal judaico-cristã em que se baseia o Capitalismo
geral aprovado e estimulado pelos americanos, enquanto o estigmatizado Jung
(alemão) é da corrente submetida dentro do Ocidente.
Isso deverá ser mais bem investigado,
rendendo livros para detalhar os avanços permitidos e os caminhos
desestimulados.
Vitória, agosto de 2005.
JUNG
Jung, Carl Gustav (1875-1961),
psiquiatra e psicanalista suíço, fundador da escola analítica de psicologia.
Discípulo de Freud, separou-se do mestre e de sua interpretação sexual da
libido ao explicar as motivações humanas em termos de energia criativa. Microsoft ® Encarta ® Encyclopedia 2002.
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