A Era do Remoto
Controle
Eis a lista agora clássica do modelo:
AMPLIAÇÃO DO CONTROLE PELAS PESSOAS:
1. Pelos indivíduos;
2. Pelas famílias;
3. Pelos grupos;
4. Pelas empresas;
AMPLIAÇÃO
DO CONTROLE PELOS AMBIENTES:
1. Pelas cidades-municípios;
2. Pelos estados;
3. Pelas nações;
4. Pelos mundos (a Terra em processo de
globalização).
Era fácil quando havia só o par
fundamental homulher EMAY (Eva Mitocondrial + Adão Y) lá no surgimento dos
neandertais há 200 mil anos. Só existiam dois para conversar, um controlava
facilmente o outro, até onde isso era possível. Depois foi ficando cada vez
mais difícil e agora estamos em 6,4 bilhões de seres humanos.
Aconteceu, porém, que não veio a
alienação anunciada pelos teóricos do peso intolerável da coletividade, aquela
pretendida desumanização do indivíduo. Para começar, há a Curva do Sino ou dos
pares polares opostos-complementares de soma zero 50/50. Logo de início metade
espera e até aspira a esse domínio exterior. Só metade se oporá e se sentirá
incomodada. Esta metade arranjará vários mecanismos de oposição visando
sentir-se mais confortável e apenas 2,5 % ou 1/40 estará verdadeiramente
irritada em qualquer momento: na Terra de hoje 150 milhões de indivíduos.
O remoto controle se dá de dois modos:
a)
De
dentro para fora a impossibilidade de satisfazer a ânsia de domínio alheio (que
se qualquer forma só se apresenta para metade);
b)
De
fora para dentro a sensação de que nos foge o controle ou administração de
nossas vidas, de nossas racionalidades e, pior ainda, de nossas emoções.
Quando haviam só dois a metade de toda
a racionalidade estava em cada um; agora 99,999 999 % está fora NO PRESENTE,
sem falar no já acumulado no passado. Cada qual faz pouquíssimo de tudo,
zilhões de notícias vem de fora e estão por definição fora do nosso alcance.
Contudo, o ser humano está levando até extraordinariamente bem essa novidade,
se bem que quase nunca pensando na ausência de poder pessoal. Em todo caso as
pessoas rebolam para se darem ares de importantes através da fama, da riqueza,
do poder e da beleza (e do que mais for).
Vitória, domingo, 18 de dezembro de
2005.
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