A Complexidade
Amortecida que nos Cerca
Mesmo considerando que a par do avanço
da complexidade percebida e inventada do mundo tenha havido a construção das
PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e dos AMBIENTES
(cidades-municípios, estados, nações e mundos) em conjuntos cada vez mais
amplos, é espantosa a capacidade das pessoas enfrentarem a confusão crescente
do planeta psicológico. Instrumentos, aparelhos, máquinas, programas, objetos,
um zilhão de coisas a perceber – é espantoso demais que não sucumbamos a essa
pressão inqualificável.
Ainda que cada um só se aproxime
daquilo que pode compreender e daquilo que pode satisfatoriamente resolver, é
muita coisa. Sabendo quanto somos fracos e incompetentes, como é que fazemos
para AMORTECER o exterior? Os psicólogos deveriam estar estudando isso. Quais
diferentes mecanismos cada qual adota para fugir do envolvimento pela
complexidade? Como EVITAMOS COMPREENDER e como evitamos participar desses
níveis não-enfrentáveis de realidade? Que barreiras cada nível (pessoambiental)
coloca para evitar aproximação dessa realidade inabordável? Como as
pessoambientes se defendem da complexidade? Como elas buscam simplificar o
enredamento no pavoroso cipoal de dados? Só no inglês – como indicativo factual
dessa complexificação – aparecem vários milhares de palavras novas a cada
década e já são mais de 500 mil delas naquela língua.
Vitória, domingo, 04 de dezembro de
2005.
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