Capitão Soleil
Esse cara é fã dos franceses.
Queijos, franceses.
Cidade mais bela do mundo, Paris, capital da
França.
Vinhos, franceses; tinha uma enciclopédia de
vinhos para provar, mostrava tudo, discorria longamente, no começo era bom.
Cidades praianas, melhores balneários do
mundo, claro, no mediterrâneo francês.
Moda, obviamente francesa.
Elegância das mulheres, a das francesas.
Literatura adivinhe só.
Enfim, França de cabo a rabo, de norte a sul,
de leste a oeste.
A BELEZA DA FRANÇA (significando muito
trabalho, dizia ele, pois os franceses – todos os povos que amalgamaram desde
vários milênios antes de Cristo e até agora – transformaram seus milhares de
quilômetros quadrados em belas paisagens psicológicas) – o nome da variedade
boa é inventividade. País pequeno, mas muito produtivo.
|
|
|
|
|
|
De fato, era mesmo, quem poderia negar uma
evidência dessas? Tinha cometido erros, mas o saldo era bem positivo.
Mas, sabe aquilo que é muito pisado?
Nós sabemos do ciclo dialético que um dia
muda para o contrário, nós conhecemos as leis da dialética (eu até trabalhei
nelas e acrescentei às de Hegel-Engels e à de Trotsky dois corolários, formando
seis, depois um centro), percebemos nitidamente que vai mudar para o contrário.
A
DIALÉTICA-LÓGICA, DIALÓGICA, É O TAO = EQUILÍBRIO
Prateoria da subjetividade do sofrimento ou O
Espicurismo que é bom.
|
|
|
|
|
|
Pela lógica ele deveria primeiro ir enjoado
até virar do contra, mas de repente ele mudou para os coletores solares, tanto
os termocoletores quanto os fotocoletores.
FOTERMOCOLETORES
FOTOCOLETORES
|
TERMOCOLETORES
|
De luz-eletricidade
|
De calor
|
|
|
Mudou, assim, sem mais nem menos.
Ficou um ano sumido e voltou totalmente
convertido ao Sol, às dádivas do Sol, depois de ter ido visitar o Egito.
Conversão Paulina, vou te contar, foi assustador. Não deixou de gostar da
França, mas não falava mais, não era por ódio nem despeito, estava no coração
dele, era um francês nascido no Brasil.
Bom, agora só falava do Sol, de como o Sol
proporcionava quase todas as energias que a Terra usava (físico-química,
biologia-p.2, psicologia-p.30). Sabia TUDO de Sol, escreveu um livro. Você leu?
Astro. Assim, uma palavra só, uma
palavra Sol. Dava palestras, ia às escolas gratuitamente.
Como era adepto dos franceses e da língua
francesa (que sonoridades! - dizia), o pessoal passou de gozação a chamá-lo de
Capitão Soleil, Capitão Sol, mistura de português e francês. Pensa que ele
detestou? De jeito nenhum, colocou firma com esse nome, fez sucessão, puta
merda.
Tem gente que nasce virada.
Serra, sexta-feira, 26 de outubro de 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário