domingo, 30 de outubro de 2016


Palestra Itália

 

Fui a essa palestra de um italiano, havia tradução simultânea, foi no auditório lá na Beira-Mar, em Vitória mesmo, temo ter entendido errado. Depois procurei no sítio, andei indagando, parece que não pertencia ao texto porque era uma abordagem lateral.

Ele disse que era a respeito da liberdade concedida por Deus a todas as criaturas da Natureza, DiN, Deus-i-Natureza, não sei o que é isso; e que dentro da liberdade oferecida do alto como querer, vontade, arbítrio, expressávamos nós todas as coisas.

A caminho dessa palestra maior fez uma digressão, uma pequena volta para abordar a questão da liberdade expressa na constituição brasileira, quando a CF como que expressa (ele que disse, estava falando de obediência lá da Itália, mas como se abordasse o Brasil, não sei se ele entende a situação daqui) o alcance total de uma verdade universal (filósofo!).

TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI (frisou a passagem)

DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
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III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;       (Vide Lei nº 13.105, de 2015)    (Vigência)
Todos são iguais perante a lei.

A lei, ele disse, era maiormente a constituição, no caso a brasileira, acho que ele não entende muito bem a nossa situação, todas as nuances, todos os equilíbrios, todas as sofisticadas interpretações “isso nós obedecemos, isso não”, etc. Ele achava que era para obedecer tudinho, mesmo, creio que ninguém explicou para ele, só pode.

Disse que lei era a liberdade, o plano de igualização, a igualdade era a própria liberdade.

Obediência irrestrita à lei?

Para valer mesmo?

Que história é essa?

Depois, falou, “vamos supor as dez formas de conhecimento (arte, magia, religião, teologia, ideologia, filosofia, técnica, ciência, aritmética, geoalgébrica – ele que disse, espero ter anotado certo) ”, e ergueu as duas mãos, com os dedos todos fechados, só o polegar da esquerda aberto e para cima, sinal de positivo, “se vale para um (estava erguido o polegar esquerdo), a arte, vale para todos (abriu todos os dedos das duas mãos, mãos espalmadas), se não vale para um (fechou o polegar da direita), a religião, não vale para ninguém”.

Ele queria dizer que se a arte pode ser ensinada na escola, a religião também pode e, aliás, todos: se as escolas e os governos abrem espaço para um, devem abrir para todos.

Achei esquisito.

O governo defender a legalidade?

Acho difícil.

Coisas da Europa, legalidade, até parece!

Serra, quarta-feira, 27 de janeiro de 2016.

GAVA.

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