Renascerá
MÚSICAS
INCRÍVEIS
Renascerá
Meu bem está longe daqui
Não sei porque fugiu de mim Mas algum dia voltará E o passado passará Tudo de novo entre nós dois Renascerá Meu coração não quer sofrer Ele partiu não sei porque Mas algum dia voltará E o passado passará Tudo de novo entre nós dois Renascerá Meu bem está longe daqui Não sei porque fugiu de mim Mas algum dia voltará E o passado passará Tudo de novo entre nós dois Renascerá Meu coração não quer sofrer Ele partiu não sei porque Mas algum dia voltará E o passado passará Tudo de novo entre nós dois Renascerá |
O telefone era um daqueles antigos, pretos,
de colocar no suporte e com disco, uma raridade.
FONANTIGAMENTE
Antigos.
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Intermediário.
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Um pouco antes.
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Tivemos um desses.
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A mocinha foi pegar no telefone, em cima a
avó falou.
AVÓ – não pega nele.
MOCINHA (assustada) – que é isso, vó?
AVÓ – não pega nessa pôrra.
MOCINHA (escandalizada) – vó??!!
AVÓ (terminante, incisiva) – não toca nele.
Não te dei um celular de quatro mil reais?
MOCINHA (chorosa) – mas ele tá lá no quarto.
AVÓ – então vai buscar. Nesse aí você não
mexe. Sua mãe não falou para você? Tem 57 anos que esse telefone taí. Nem seu
avô mexia nele.
MOCINHA (sem perceber que estava colocando
limão na ferida) – por quê?
AVÓ – ele sabia o que era bom pra tosse.
MOCINHA (querendo a amizade da avó, que lhe
dava muitas coisas) – poxa, vó, eu não sabia, pensava que era brincadeira de
mamãe.
AVÓ – brincadeira, brincadeira? Ela contou da
reguada que levou? E seu tio apanhou de cabo de vassoura, contou?
MOCINHA (arrependida, buscando uma saída) –
não, tem anos que não nos vemos.
AVÓ – porque ele não vem aqui, se vier e
pegar no telefone de novo vai levar cabo de vassoura.
MOCINHA (sem noção) – por que ninguém pode
tocar no telefone?
AVÓ – não interessa.
MOCINHA (sentindo o peso do diálogo) – vou
fazer dever de casa, tá bem?
Serra, terça-feira, 09 de fevereiro de 2016.
GAVA.
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