quarta-feira, 26 de outubro de 2016


Dificultoso Japão

 

O Oriente todo é distinto do Ocidente, onde queremos finais felizes, recompensas e paz para os heróis depois de cumpridas suas difíceis missões: no Japão as coisas terminam mal ou pelo menos indefinidas, infelizes, tristonhas.

A VIAGEM A AGARTHA (artisticamente excelente, enredo atraente)

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Vida corriqueira, humana.
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As mais recentes criações japonesas abandonaram os super-heróis.

Há filmes japoneses formidáveis agora, perfeitos em sua plástica, suas escolhas de cores, sua simplicidade rural (sem enganação de Godzilas), a mostra da vida do campo, a interação interpessoal. Aquele Japão da guerra virou um Japão da paz, como disse Gil, e muito melhor, incomparavelmente melhor que o que atacou a Manchúria ou entrou na Segunda Guerra Mundial.

Fico feliz, é ganho poderoso, notável.

Vemos as pessoas em suas casas, cozinhas, andando nas ruas, em trens, subindo em pedras, atravessando rios – vida campestre; vemos os objetos, as roupas, os japoneses “sendo”, apenas existindo, tendo por vezes prazer na vida, embora eles ainda insistam em sofrer.

O Japão e os japoneses precisam urgentemente se permitir a felicidade, as coisas boas da vida, a conversação nos jardins das praças públicas.

Vitória, quarta-feira, 26 de outubro de 2016.

GAVA.

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