Placas de Trânsito
Conforme eu ia
andando pela Estrada da Vida, ia vendo um monte de placas que tentavam me
ajudar no meu trânsito.
PLACAR
DA VIDA
(frequentemente eu estava perdendo e quando não perdia por conta própria sempre
tinha gente que tentava me ajudar) – “sei que não tenho juízo dentro da minha
cabeça”, canta A Cor do Som, “dentro da minha cabeça tem um pensamento só”, só
penso naquilo.
Como diz o pessoal, não há mulher que não
seja interessante, você que bebeu pouco.
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As mulheres ajudando os bons lobos maus.
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Se não comer vai virar utilidade doméstica.
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Você não pode ficar na arquibancada, se
quiser ver a palhaça tem de ir lá.
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Abelha-macho enfiando o ferrão na fror.
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Querendo aparecer (se não aparecer como é que vão te
ver? Tem que ser igual reporter, ir aonde tem notícia).
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A vida hora era engraçada, hora era chata, eu
procurava pular as partes amoladas, gostava de quem contava piadas, os
otimistas, porque o otimista é como o nordestino, é um forte, geralmente
cercado por índios mal-humorados, o otimista vai bem até bem perto do chão, o
pessimista é que já morreu lá em cima. Gente mal-humorada é funcionária do cão,
vem trazer o mau-humor até os seus olhos.
A Estrada da Vida tinha muitos buracos, mas
eu ia dirigindo calmamente, puxando a nega para dar umas beijocas, tentando
prometer futuro, igual as propagandas, os capitalistas e os governos, tive a
quem puxar.
Serra, quinta-feira, 14 de janeiro de 2016.
GAVA.
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