John
Carter
O nome dele era João, John nos EUA.
Lá pelas tantas, levando a tiracolo a teoria
daquele cara sobre os Mares de Marte,
ele teve ideia de bombardear o solo marciano com meteoritos e cometas,
“flechas” no sentido de vetores. Como naturalizado com dupla cidadania,
participante da equipe do presidente, depois de 2020 e pelo tempo afora ele
constituiu o Plano B, de bombardeio.
MATERIAL DE BOMBARDA (a chamada “bucha de
canhão”) – a operação era delicadíssima, porque mesmo se houvesse pequeno desvio
o Sol puxaria, poderia cair na Terra, com consequências desastrosas.
O lugar deles, depois de Marte.
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Milhões e milhões, desde os grandes como
micro planetas até os micros.
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Eles trazem líquidos.
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HypeScience.
Quando surgiu a água na
Terra, então? Que tipo de coisa carregada com água poderia ter atingido nosso
planeta? Os cometas são a
resposta óbvia. Esses pedaços gigantes de gelo, juntamente com asteroides rochosos,
que são os restos da formação do sistema solar, podem ter trazido água a
Terra.
|
Começando devagar, como tudo deve ser, eles iniciaram
o bombardeio, primeiro jogaram Fobos e Deimos, que estavam perto, foi uma
festa, realmente a água apareceu, fluiu que foi uma beleza, as câmaras
mostraram à fartura, deu vontade de ir para lá, as plantas levadas floresceram,
adaptaram-se a partir de seu repositório de possibilidades, em pouco tempo
estavam florescentes, alguns temerários foram, realizaram colheitas, mas não
era ainda o tempo, o bombardeio devia continuar.
Os choques prosseguiram, o solo de Marte
tremia, mesmo sendo do lado oposto aos dois primeiros.
De cada vez mais água emergia, as sementes
eram aspergidas, Marte estava ficando verde, os primeiros terrestres
colonizadores (as plantas) estavam trabalhando ativamente os telescópios
mostravam. Pedra sobre pedra caia, certa vez uma parecia que iria sair de
órbita e ameaçar a Terra, houve grande apreensão, capturaram-na e empurraram-na
para o Sol.
Conforme o consórcio de nações ia se
enturmando e se juntando ao esforço, mais e mais naves travavam nos asteroides
e nos cometas, após os cálculos redundantes extensivos.
João ia e vinha como um caminhoneiro,
passaram a chama-lo de João Carreteiro, John Carter em inglês, motorista.
A superfície de Marte reverberava com tiros,
pancada após pancada, o solo encharcava, os gases dos cometas preenchiam a atmosfera,
quando já passavam 50 anos das tarefas João adoeceu e mesmo com a medicina
muito mais avançada, com reconstrução corporal e tudo, ele não pode mais
enfrentar as condições do espaço, foi colocado nas cidades em órbita para readquirir
tônus muscular, com anos de tratamento passou a usar um exoesqueleto e voltou a
andar na superfície.
Foi saudado como herói, as pessoas o
acarinhavam nas ruas, “John Carter, John Carter, o príncipe de Marte”. Para
quem tinha nascido João da Silva era um grande salto. O João, corpo
pequenininho dentro do exocorpo, balançava a cabeça, assentindo, satisfeito com
ter prestado um serviço.
EXOESQUELETOS
Ia para todo lugar, todo mesmo, até voando.
Morreu velhinho, com 135 anos, em 2175, Marte
já tinha sido terra-formado, marte-formado, estava verdejante e aquoso,
navegável, voavam na atmosfera, tinha rios, lagos, mares, estava verde, estava
vivo, animais (diferentes dos de nosso planeta) apareceram, autotransformados
dos que foram levados, e novos primatas; aviões, trens, barcos, automóveis, mas
tudo mais comedido do que tinha sido na Terra, tudo controladíssimo.
Renomearam o planeta, o chamaram de João,
planeta João. Simples assim, não ficou deslocado. Levaram seu corpo e o
enterraram no polo norte do planeta, debaixo dos gelos perpétuos onde eles não
derreteram, numa câmara profunda que recebe visitação pública.
Serra, sexta-feira, 05 de fevereiro de 2016.
GAVA.
ANEXO
Mares de Marte
1.
Sistema Geral
2.
Sistema Solar
3.
Parentesco da Terra
4.
Espelho Lunar
5.
Defensores
6.
Flechas Buscando Alvo
7.
Marte
8.
Antes de Galileu, e Galileu
9.
Lowell
10.
Antes de Hubble, e Hubble
11.
Teoria das Flechas e Tudo Mais
12.
Gusev
13.
Mares de Marte – Colonização
GAVA, sábado, 31 de
maio de 2014.
CAPÍTULOS
1. Sistema Geral
SEGUNDO O MODELO PIRÂMIDE,
O SISTEMA SERIA ESTE (peguei dos tecnocientistas e na Internet) – em
milhões de anos-luz.
(*) descobriram esse que tem 3,0 bilhões de
anos-luz de diâmetro, A Parede (The Wall).
A
QUANTIDADE DE ESTRELAS
Veja que ao planeta são impostas várias orientações/limitações:
1.
Antes de tudo, pelo universo e suas leis;
2. Pelo
superaglomerado onde estamos;
3. Pelo aglomerado
onde nos encontramos;
4. Pela Galáxia de que
fazemos parte;
5. Pela constelação em
que compartilhamos influências.
2. Sistema Solar
Ademais, há as interpenetrações DENTRO DO
SISTEMA SOLAR, influências gravitacionais/inerciais mutuas e outras.
No nosso planeta temos influências que nem
conhecemos totalmente (as de Marte ainda precisam ser estudadas):
a) Superfaciais;
b) Faciais;
c) Subfaciais.
As bandeiras elementares de Marte e da
Terra:
1.
Ar;
2. Água;
3. Terra/solo;
4. Fogo/energia;
5. No centro a Vida
(rede que apoia a razão);
6. No centro do centro
a Racionalidade (que nos apoia a todos).
O sistema solar, que começou muito simples,
no entender das idades (Antiguidade até 476, Média daí a 1453), foi se
tornando cada vez mais complexo a partir de Galileu Galilei (italiano, 1564 a
1642), desde quando ele viu as quatro luas de Júpiter com sua luneta
aprimorada.
O SISTEMA SOLAR
HOJE, EM ESCALA CRESCENTE (inclui bilhões de objetos até 0,5
ano-luz)
Nossa estrela (é apenas um fogareiro, o
fundamental mesmo é a Terra, esta que os racionalistas amebianos dizem ser
“um cisco”) é uma em 1022:
Funciona assim: conte na extremidade
direita até 1.000 (toma bastante tempo), faça esse mil = um e conte até 1.000
e assim prossiga sete vezes, a última contando até 10.000 (7 x 3 = 21 zeros +
1). Contando uma por segundo não há tempo de vida (70 anos x 31,5 milhões de
segundos/ano) que dê sequer para um tiquinho (fica em pouco mais de dois
bilhões ou nove zeros).
Como diz o povo, é coisa!
3. Parentesco da Terra
A Terra é parente de todo o universo, mas a
nossa família é essa da estrela-Sol. Estudar nossa família é MUITO MAIS
importante que o restante do céu, embora os tecnocientistas fiquem mais
fascinados pelo além-quintal.
O cinturão de asteroides naturalmente
congrega uma porção de meteoritos, dos pequenos aos grandes.
OS
MAIORES DO CINTURÃO
O Cinturão de Asteroides gira em volta do
Sol entre Marte e Júpiter e esses bilhões de objetos estão em relativa calma,
sob controle gravinercial, estase solar.
Há ainda os objetos próximos da Terra, os
NEAR que não formam cinturão. Eles devem existir em todos os planetas e
satélites, sem que os conheçamos.
NEAR
Veja só quanto falta mapear!
Só em Júpiter temos mais de 60 satélites,
muitos deles em órbitas NEAR jupteriana. Quantos mais devem existir?!
Em todo o SS devem ser bilhões. Como brilham
bem pouco, é difícil vê-los, mesmo com o Hubble e os outros satélites
artificiais.
Creio que a NASA, a ESO e mais agências
deveriam enviar centenas de naves a cada um dos mundos, tanto voltadas para
dentro quanto para fora: é que se apenas um dos pequenos cair na Terra a
civilização estará ameaçada. Entrementes, não devem mexer com a estabilidade
de nenhum.
4. Espelho Lunar
A Lua não é um espelho adequado do passado
da Terra porque lá não há atmosfera, então as flechas (cometas e meteoritos)
caem diretamente no solo, sem passar pelo ar. E não há água (como a Lua tem
inclinação de eixo de 5º9’, isso significa meteorito/cometa GRANDE, portanto,
pode existir água, se foi cometa), com isso não há chuva, por conseguinte não
há degradação das crateras.
SEM QUALQUER
DETERIORAÇÃO
(por outro lado, isso foi muito bom, pois elas puderam ser contadas; dessa
forma podemos estimar que na Terra devam ser procuradas 400 mil e em Marte
110 mil, busca formidável, especialmente na Terra, onde foram obliteradas por
vários fatores de desconstrução)
As quedas na Terra acontecem em grupos,
acredito, mas na Lua, não, são isoladas, porque não há atmosfera para partir
os objetos. Contudo, lá é interessante também porque as quedas podem
acontecer umas sobre as outras, de modo que é possível estabelecer escala de
tempo relativo sem sequer ir lá. Por outro lado não há marcadores como os da
Terra, os elementos de bandeira (ar, água, terra/solo, fogo/energia, vida e
racionalidade) que mudam os cenários a ponto de torna-los irreconhecíveis.
Os esqueletos da Vida geral e da
racionalidade estão em nossas crateras, enquanto na Lua e em Marte não há
(possivelmente não, este último).
A páleo-vida é tremendamente útil como
marcador terrestre.
5. Defensores
Embaixo está mais demoradamente exposto.
Eis uma redução, da esquerda para a
direita, de baixo para cima:
Até mesmo o Sol faz isso por ser funil
gravitacional tão intenso, criando perigo para a Terra. Nos primórdios devia
ser terrível, intenso bombardeio em nosso planeta por centenas de milhões de
anos, a estrela carreando todos os objetos possíveis aquém Júpiter: ar, água,
terra/solos - neste caso, planetoides, cometas, meteoritos, poeira, de tudo
mesmo.
A
QUEDA EM IUCATÃ
(os Álvarez que descobriram, palmas pra eles)
A relação é de 1/10 ou 1/20 entre o
meteorito/cometa e o diâmetro da cratera. Dizem que o de Iucatã teria tido 16
km e fez todo aquele estrago, acabando com os dinossauros (na realidade,
foram muitas causas e o número deles já estava declinando por outros
motivos).
Que oportunidades tão interessantes para os
físico-químicos, os astrônomos e outros!
6. Flechas Buscando Alvo
TIRADO DE ‘VONTADE
E SUJEIÇÃO’
(um dos textos desses 9) – depois dos 400 anos desde Galileu, o sistema solar
virou isto; e está longe de terminar o mapeamento, principalmente de Kuiper e
Öort.
O PLANO DA
ECLÍPTICA
(o giro gravitacional imposto pelo Sol força tudo a ficar num plano de
inércia)
Então, temos muitas defesas.
Como se pode ver nos terrestróides (Marte,
Lua, Vênus, Mercúrio, satélites dos jovinianos), as superfícies são coalhadas
de flechas caídas (cometas e meteoritos).
A LUA É NOSSO
ESCUDO
(é pequena, 1/13 da superfície esférica da Terra, mas mesmo assim! E gira,
não fica sempre na frente, a maior parte do tempo está minimamente adiante;
metade do tempo está “do meio” para trás, quer dizer, para os lados do Sol.
Além disso, há uma “janela” entre ela e a Terra, quando está em qual ângulo à
esquerda ou à direita – os astrônomos vão ter de calcular tudo isso, se já
não o fizeram) – no lado escuro é a mesma coisa, a superfície está coalhada
de crateras; contaram 30 mil. Proporcionalmente a Terra deveria ter 13 vezes,
mas não vemos 400 mil aqui).
DADOS
DO SISTEMA SOLAR
A fórmula para área de superfície de esfera
é 4πr2; daí, a relação entre os raios T e L é (T/L) 2 =
(6.371/1.737)2 ~ 13,45, querendo dizer que a Lua nos livrou de 30
mil quedas arrasadoras, enquanto a Terra pegou 400 mil. Na mesma condição
(T/M)2 = (6.371/3.390)2 ~ 3,53, significando que coube
a Marte 110 mil quedas, as quais ainda devem ser contadas.
Para concluir, Marte e Lua são nossos
guardiões, absorveram quase 150 mil quedas que teriam vindo nos infernizar.
TEMPO MÉDIO PARA
QUEDAS
(para os mesmos 4,5 bilhões de anos de existência, como a da Terra)
É compreensível, eles são bem menores.
E, veja que surpresa, as quedas na Terra se
dão em prazo geológico muito breve e deve ter caído um no horizonte de
criação de Jericó, a primeira das cidades (Sodoma e Gomorra podem ser
indicações de queda por volta de 4,0 mil anos passados, embora as
probabilidades de acertar uma – quanto mais duas! – cidade seja pequena, embora
devamos contar flechas caindo em família, o que alargaria o tempo médio). Se
caem em prazo assim curto, pode cair um “logo”, pois médias são traiçoeiras.
VELOCIDADES DE
ÓRBITA
(são médias, é só para ter ideia; por exemplo, a distância da Lua à Terra é
tomada como média de 375 mil km, entre 300 e 450 mil km) – contando 31,5
milhões de segundos por ano.
A velocidade está marcada em segundos de
arco por segundo e não metros (ou quilômetros); a da Lua não está marcada
porque ela gira com a Terra. Veja que a de Marte é 1,5 a da Terra e ele fica
um tempão fora da área de proteção, com seu funil gravitacional longe da
frente da Terra.
De fato, todos os funis gravitacionais do
sistema solar ajudam, de longe o mais poderoso sendo o do Sol. Os jovinianos
são os que mais nos protegem, porque seus funis são imensos, dadas suas massas
muito maiores. Muitos de nós viram, em tempo de acontecimento, as 21 pancadas
do Shoemaker-Levy, e quase todos podem vê-las em repetição
fotográfica-filmográfica: é chocante nos dois sentidos, porque cada qual
abriu buracos nas nuvens de Júpiter maiores que a superfície de nosso mundo.
AS
PANCADAS ASSUSTADORAS
Um só teria acabado com nossa civilização,
quanto mais 21! Porém os 21 não atingiriam o nosso planeta, porque ele é
pequeno frente a Júpiter.
7. Marte
FOTOS DE MARTE (fora a Terra, é
DE LONGE o planeta mais interessante do sistema solar, agora que sabemos
olhar)
A TEORIA DAS
FLECHAS
(cometas e meteoritos) – tal como aparece em Expresso 222... e em Material
Sensível, 13 grupos tirados dele.
A TEORIA É SIMPLES
ASSIM
(o desenho pode ser rastreado nos textos, mas não estou achando, refaço,
explicando)
Quando apontei a teoria para Marte fiquei
estarrecido, porque ela provava inequivocamente haver água lá, não sendo
preciso buscar ou olhar para os polos. Não como as pessoas esperavam, pois a
temperatura de superfície é de -140° C, como diz Paul Davies em seu livro, O
Quinto Milagre (Em busca da origem da vida), São Paulo, Companhia das
Letras, 2000 (sobre original de 1998), p. 229.
A atmosfera é tão rarefeita que mesmo o
calor que chega do Sol distante (228/150 =), 2,31 vezes mais fraco por metro
quadrado, teria sido suficiente para fazer vibrar as moléculas e dar-lhes
velocidade de ejeção (os tecnocientistas devem fazer os cálculos). Aliás,
toda vez que há queda, Marte perde muito de sua água. É bom que as quedas
sejam raras, uma a cada 40 mil anos (nossos ancestrais CROM cro-magnons devem
ter visto duas vezes o vermelho marciano oscilar – se tivessem telescópio
teriam visto a água correr e talvez o planeta enverdecer).
O fato é que a cada queda é entregue
fabulosa quantidade de energia e a água subterrânea esquenta até borbulhar no
calor, emergindo e se espalhando.
VALLES MARINERIS,
TREMENDA ENCHENTE (a maior do sistema solar) – há que calcular,
inclusive a descida, medindo as profundidades; e sabemos que há GRANDE
quantidade de poeira (isso é muito bom como material de construção) e terra
solta, que foi levada/lavada.
A TEORIA ME
CONVENCEU QUE HAVIA ÁGUA, FALTAVA A PROVA FORNECIDA POR GUSEV (Você vai ver a
visão artística; ela havia sido feita lá longe, sem eu saber quem fez, sem
ele saber de mim, mas foi em cima da pinta)
Acaso a Terra congelasse as montanhas
seriam em parte degradadas em poeira que cobriria a água congelada,
cobrindo-a em toda parte, e nosso planeta ficaria como Marte, um grande
permafrost esférico: quando caísse um meteorito ou cometa ele derreteria
parte da água, que vazaria para cima.
Não vai haver oceano em Marte, o Sol está
esfriando (quando ele explodir será outra coisa, mas então tudo será
queimado).
Nem provavelmente houve, porque quando o
cometa entregou calor e água, ela infiltrou-se (motivo para estar lá agora,
embora quase invisível) e foi em parte para o espaço; desta, uma porção
migrou para o Sol, onde foi vaporizada; parte deve ter caído de volta e
lavado o planeta, ao passo que uma terceira deve estar congelada em volta do
planeta, como milhões de microssatélites (muito perigosos nos impactos a alta
velocidade).
Como sabemos que houve uma grande queda nos
primórdios?
TODOS OS PLANETAS
COM INCLINAÇÃO DE EIXO FORAM ATINGIDOS (os tecnocientistas podem calcular
massas, velocidades, talvez composições, energias e quantidade de líquidos
entregues)
Eles entregaram água e energia nos
primórdios. Eram planetoides GRANDES. O de Urano era tão grande que inclinou
o planeta 98°. O de Vênus, mais ainda, 177° (os 3° da tabela são o suplemento
a 180°, faltaram apenas 3° para ele ficar completamente de cabeça para baixo).
Que bombardeios, hem?
Os primórdios eram quentes.
Poderia parecer que o de Marte era maior
que o da Terra, mas não, embora lá fossem 25° e aqui 23,5° - devendo-se
lembrar que aquele planeta tem 1/10 da massa do “nosso”.
Quanta água tem Marte pode ser calculado
com alguma precisão olhando os rios e com eles os lugares onde ela
transbordou. Só pelo canhão (canyon) de Valles Marineris pode-se dizer que
foi muita, tanta que é apavorante: se alguém estiver por lá e cair meteorito,
pode correr que vai haver enchente.
Uma vez o professor do departamento de
física (atualmente é o chefe) da UFES, RNS, me viu de bicicleta (então morava
em Jardim da Penha), veio correndo, me parou e perguntou esbaforido se eu
estava vendendo terrenos em Marte. Gozação, claro, para dizer da minha
suposta loucura. Não estava, mas agora estou. Bem, propriamente vendendo,
não, estou dando.
8. Antes de Galileu, e Galileu
GALILEU GALILEI (“como já dizia
Galileu da Galileia, malandro que é malandro não bobeia, se malandro soubesse
como é bom ser honesto, seria honesto só por malandragem, caramba" – o
poeta Jorge Ben)
Não foi Galileu que inventou as lunetas,
ele pegou dos holandeses, mas teve o mérito de aprimorar. Apontou para a Lua,
apontou para Júpiter e viu quatro (das dezenas) de suas luas e mostrou pros
outros: está lá. Apenas com isso provou irredutivelmente o sistema
heliocêntrico copernicano.
OS QUATRO SATÉLITES
DE GALILEU
(deveriam tê-lo redenominado Galileu, colocando o nome dele)
Até Galileu o “universo” consistia no
“sistema solar”, que na realidade era visto como Terra na qual vivemos (muito
mal conhecida), a Lua que se via a olho nu, os sete planetas (errantes: Sol,
Mercúrio, Vênus, Lua, Marte, Júpiter, Saturno – todos eram vistos girando em
volta da Terra, teoria denominada geo-cêntrica, centrada em Gaia, a Terra).
Com Galileu, o sistema solar deixou de ser
Terra-Sol e Lua, que era disco, para virar (por indicação de Copérnico)
sistema mesmo. O meio de vida dele tendo acontecido em 1603, passaram-se
desde então pouco mais de 400 anos de avanços exponenciais extraordinários.
Apesar de devermos tanto a ele, até onde
sei não há estátua sua no Brasil para as crianças apreciarem o alargamento do
universo. Nem biblioseu (biblioteca-museu como em Alexandria ou
universidade-laboratório) dos sistema do Sol.
9. Lowell
OS
CANALLI DE SCHIAPARELLI E OS CANAIS DE LOWELL
SCHIAPARELLI
LOWELL
Quando Schiaparelli denominou, eram apenas
fossas, quando Lowell foi referir-se passaram a canais, supostamente
artificiais, porisso mesmo podendo ser de construção artificial; e, se
cobriam um planeta inteiro, certamente indicavam civilização, até civilização
avançada, mais avançada que a nossa naquela época e mesmo agora, pois ninguém
fica parado.
Lowell não era tolo, longe disso.
Só que, sabemos a partir de agora, pela
teoria das flechas e sendo Marte permafrost a água não precisa ser conduzida,
pode-se esquentar gelo localmente para obter água líquida. Entrementes,
ninguém pode deixar de pensar na existência das cavernas, até as muito longas
(como devem existir na Terra). Para esquentar esse gelo (desde -140° até +
30°) dependemos de imensas quantidades de energia para esse gradiente de
170°; onde obteriam tal energia? E continuamente? E em toda parte?
Os limites da imaginação são os da
realidade, baseada em dados para interpretação. RE-OLHAR Marte será
interessantíssimo, muito estimulante.
Acredito que os governos devem mandar naves
espaciais para orbitar permanentemente o planeta. Inúmeras naves com
telescópios mais ou menos potentes para examinar luz (todo o espectro, e
acima e abaixo dele) e calor MINUCIOSAMENTE, insistentemente, diariamente, a
todo minuto.
10. Antes de Hubble, e Hubble.
Hubble foi o cara que expandiu
verdadeiramente as margens do sistema solar, identificando os universos-ilhas
(galáxias), mostrando que estamos numa, por sinal imensa com seus 100 mil
anos-luz de diâmetro, uma lente com 400 bilhões de estrelas.
H
E H
Penso que os tecnocientistas deveriam fazer
livro mostrando os SALTOS COMPREENSIVOS e quanto tempo demoraram:
1.
Do começo dos CROM aos antigos gregos;
2. O declínio de
Ptolomeu;
3. Copérnico, Kepler,
Galileu;
4. Século XX –
primeira e segunda metades;
5. Século XXI (neste,
o primeiro exoplaneta foi descoberto em 1995, depois chegaram a 200 e já a
500, inclusive Gliese).
OS
TRANSNETUNIANOS
Se estes pensamentos forem aprimorados
pelos tecnocientistas, faz todo sentido vasculhar Marte e completar o
mapeamento com o Hubble voltado para lá para criar esferoide com detalhes de
um metro.
11. Teoria das Flechas e Tudo Mais
Para melhor a nomenclatura, devemos
redefinir uns elementos.
Dizemos superfície da Terra, interior da
Terra, área submarina. Se queremos falar da atmosfera dizemos “acima da superfície
da Terra”.
REDEFININDO
OS TERMOS
DEFINIÇÃO
DOS NOVOS TERMOS
Agora temos:
1.
Face terrestre da Terra (as terras emersas);
2. Face marinha da Terra
(as terras submersas);
3. O mar não é solo,
por conseguinte está na superface, assim como todas as outras águas, exceto
as dos aquíferos, que estão na subface;
4. Não contando o
Oceano (não são vários, porisso os continentes são todos ilhas: Ilha da
América do Sul, etc.);
5. A face toda é
tremendamente irregular;
6. O planeta não é uma
esfera, nem de longe, tem em relação às águas altos e baixos.
Podemos agora ver que mesmo caindo nas
águas, as flechas atingem a face planetária; quando caem nas águas, estas as
detém parcialmente, mas não muito, e as flechas chegam à face, causando
estragos tremendos, impelindo as águas em grandes tsunamis cujas ondas vão a
centenas de metros de altura, criando imensa quantidade de vapor quente que
se espalha, até jogando peixes (e talvez baleias) para satelizar o planeta. Vai
ser interessante ver as simulações de computador, embora tudo aquilo venha a
ser motivo de tristeza, em vista do padecimento dos seres.
Quando as águas e tudo que elas continham
vão para cima, uma parte vira nuvem que fará chover muito tempo, outra leva
os produtos bem longe, na selva, nos desertos, em toda parte. Será legal ver
os paleontólogos descobrirem esses restos celestiais, que estiveram
submetidos ao frio espacial e ao calor do Sol durante décadas ou milênios,
pois não é só no solo que podem ser descobertos tais restos: se estou certo,
o espaço será um belo campo de coleta. As pessoas céticas perguntarão como
ninguém viu. Simplesmente porque ninguém olhou (por não haver teoria) ou porque
o espaço é muito grande e escuro.
Temos de ver os efeitos das quedas em toda
a sua extensão:
1.
Efeitos na superface (toda a atmosfera é revoluteada
mesmo pela menor das flechas que caia; vira imenso furacão rodeando todo o
planeta; tufões de fogo de tremenda velocidade correm por toda a Terra – quem
não puder se esconder em cavernas terá dificuldades em sobreviver);
2. Efeitos na face são
diferentes conforme caiam no solo ou na superface aquática: BEM DIFERENTES;
3. Efeitos na subface
são ainda mais esquisitos:
· As válvulas da panela
de pressão que é interior da Terra, os vulcões explodem por todo o mundo e
incrementam ainda mais material quente na atmosfera;
· O subsolo com
epicentro na queda esquenta muito, derrete tudo ao redor;
· A face repercute
como um bumbo, com tremendas ondas sonoras difundindo-se por todos os lados;
a Terra deve vibrar por tempo longo, deve ser esquisito;
· O calor sobe para a
atmosfera durante décadas ainda;
4. As três faces
continuam interferindo umas nas outras, produzindo muitos fenômenos
(inclusive os boreais).
Desses pontos de vista a Terra é o mais
interessante dos planetas e penso que os geólogos, paleontólogos, arqueólogos
e até mesmo geo-historiadores (desde que tenha havido pelo menos uma queda nesses
12 mil anos) ficarão ocupados muitas décadas febris fazendo mapas em
supercomputadores, entrando com os dados da realidade.
12. Gusev
Que bela notícia foi para mim a cratera
Gusev.
QUEM
FOI GUSEV?
Como disse em Expresso 222... e em Material
Sensível, na subseção da Teoria
das Flechas, a situação na Terra é extraordinária, porque depois da queda
começa todo um processo (nunca igual, sempre com poucas semelhanças, porque
as situações reais são variadíssimas) magnífico:
1.
A cratera esfria e com as chuvas enche de água;
2. As plantas começam
a crescer nas bordas da lagoa;
3. Quando a água
atinge o nível máximo em que dá para sair do LMB ladrão-mais-baixo, começa a
escorrer como rio;
4. Ela vai sendo
assoreada pela poeira que os ventos trazem;
5. A vida chega,
inclusive peixes, que deixam seus rastros;
6. O fundo vai subindo
e o interior vai se estreitando;
7. Fica uma lagoa
pequena em largura e profundidade;
8. Eventualmente ela
seca (esses passos são mais longos e detalhados, mas os autores preencherão
os vazios).
Em Marte nada disso acontece, pois não há
chuvas. Se aqui tudo é “muito rápido” em termos geológicos, lá demora muito
mais, porque depende das tempestades de areia, que vão trazendo pó; a vida em
nada contribui porque, se há, é mínima e só para os períodos de calor. Toda
água derretida vira gelo de novo, daí não vaza pelo LMB ladrão-mais-baixo e ele
é final e totalmente coberto pela areia. Em resumo, as águas que viram gelo
novamente são cobertas e formam bacia plana (será mais um indicativo),
grandíssimas bacias circulares de gelo.
Será interessante olhá-las e mapeá-las.
Onde não houver planícies dessas as
crateras serão de vulcões.
Até que tudo assente, Marte se torna muito
mais interessante, pois a água quente sobe e desce como chuva que lava o
planeta inteiro. Nessa faixa devem se formar cenários admiráveis que as concepções
tecnocientíficas-artísticas irão transformar em belas composições
fantásticas.
A
TEORIA DAS FLECHAS E A CRATERA GUSEV
13. Mares de Marte – Colonização
Quando vi todas essas coisas juntas o
cenário completou-se e compreendi “toda” a evolução de Marte, quer dizer, as
linhas gerais, como de uma pintura, não de um retrato:
1.
Marte foi bombardeado logo nos primórdios por um grande
cometa que lhe “entregou” a água que tem, inclinou o eixo, marcou o polo
norte e simetricamente o polo sul (como na Terra, mas em outro patamar de
potência; não sei se formou uma Cúpula do Céu, pois não existe um satélite
grande);
2. Parte dessa água
vazou para o espaço, enquanto parte entrou solo adentro, onde foi armazenada
pelos éons seguintes;
3. TODO o planeta é um
grande permafrost, com a água subterrânea mais que congelada a - 140º C na
superfície (temperatura mais elevada quanto mais se vá aprofundando, pois o
planeta tem núcleo quente, sinal que há radiação);
4. Cada vez que cai um
meteorito (todos chegam ao solo, quase não há atmosfera) o solo é esquentado,
a água passa acima de zero grau ou ponto de congelamento, borbulha, emerge e
corre em várias situações, algumas vezes ficando armazenada líquida nas
crateras meteóricas ou cometárias (na Terra é a chuva que preenche os
panelões) por algum tempo, enquanto estiver quente;
5. Por vezes, como no
Valles Marineris, a quantidade é absolutamente inacreditável (como,
diferentemente da Terra, existe água em todo o planeta, deve ser avaliado
quanta dela há lá; pode ser que até mais que em nosso mundo);
6. Condições para a
Vida há (ar, água, terra/solo, fogo/energia), só não sei se houve tempo
suficiente para gestá-la, embora na Terra isso tenha acontecido em “apenas”
200 milhões de anos. Lá seria diferente, já que há tendência de a atmosfera
revoluteante sair pelo espaço, sendo a gravidade bem menor;
7. A superfície de
Marte é 1/3,35 da Terra e por lá podem ter caído, por comparação com os 30
mil da Lua e os presumidos 400 mil da Terra, apenas 110 mil; nestas condições,
em 4,5 bilhões de anos caiu um a cada 45 mil anos, diferentemente de em nosso
planeta, onde elas se deram a intervalos de pouco mais de 11 mil anos;
8. Não somente há água
congelada, como há em abundância, mas não líquida, apenas a intervalos muito
longos. De fato, a última queda pode ter se dado há pouco tempo em termos geológicos,
mas nossos antepassados terão visto um brilho no céu, na “estrela vermelha”.
Tão recentemente quanto isso terá corrido água em Marte. As marcas por lá são
as de verdadeira hidrografia, mas não como aqui, pois não chove tanto; em
todo caso, em cada ocasião dessas a atmosfera rarefeita fica repleta de
gotículas – deve ser bonito cenário, tolas elas refletindo a luz distante do
Sol. E depois toda essa água cai de novo, é absorvida, os ventos remisturam
tudo e a vida segue (ou não segue) por lá.
Serra, terça-feira, 08 de julho de 2014.
GAVA.
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