quinta-feira, 27 de outubro de 2016


Papança

 

Gosto de fazer essas fusões (fáceis na língua portuguesa, muitas vogais), de poupança com gastança ou pança – esta da papança, em particular, fiz há décadas, mas usava-a para indicar a subtração metódica-mensal de uma fração da poupança dos crédulos através da CEF e outros bancos, imoralidade público-privada, diziam guarnecer e atualizar as rendas populares guardadas, inclusive do FGTS, tudo mentira, ficava um tiquinho acima da inflação oficial, que é média. Juros negativos são contra você, juros positivos contra os outros (sempre fui contra juros de qualquer tipo).

Agora usarei noutro sentido.

1.        As pessoas fazem aplicações esperando que haja amanhã (já mostrei repetidas vezes que o passado e o futuro não existem);

2.       Não atinam ser o tempo cíclico, subir e descer em onda, há prosperidade e crises;

3.      Ou, se pensam nisso, conspiram de vários modos com outros, todos aspirando tirar dinheiro dos incautos.

Havendo crises, como infalivelmente acontecerão, haverá perdas, mas as pessoas pensam em sua esperteza e na estupidez alheia, não querem pensar no contrário.

800 ANOS DE CRISES E AINDA DIZEM ‘AGORA É DIFERENTE’

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2008.
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Wikipédia
Nem todos os planos de Diocleciano tiveram sucesso. O Édito Máximo, de 301, sua tentativa de controlar a inflação através do controle de preços, foi malsucedido, contraproducente e rapidamente ignorado.
[Citei em 1985isso num artigo em torno do Plano Sarney, em Linhares].

E falei das isoquantas inflacionárias.

Havendo oscilação alguém perde e alguém ganha.

Agora, se houver mesmo em 2019 a crise prevista em 1997 para a China, com o colapso geral quase todos perderão.

Para o máximo de negação, pense se o mundo acabasse:

a)     Todos que emprestaram a outros perderão (por interesse egoísta em ganhar juros, perderão o principal) os valores e as chances de ir e vir em grande estilo;

b)     Esses outros terão comido, bebido, comprado carros, joias, casas e piscinas, viajado, comprado sítios e fazendas, barcos, trens, navios e inúmeros objetos NO PRESENTE, à custa de quem forneceu.

Não é só não ter usufruído seu dinheiro, ter esse remorso, que deve doer bastante, dor da qual os perdedores não falam. Pior é o caso dos outros terem se deleitado à grande à custa de outrem.

NO FUNDO TODO OS RECURSOS DO MUNDO SÃO NÚMEROS (depositados sob garantia dos bancos e do BC) – se houver crise universal, todos os números desaparecem.

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Isso é a alavancagem, o banco empresta esse 100 dos outros (multiplicado por 30 ou 40 – 3,0 a 4,0 mil, com juros, por favor governamental).
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Dizem que para os US $ 70 trilhões produzidos anualmente no mundo, 600 a 700 trilhões são futuros inventados, alavancagem. A ninguém interessou investigar o risco planetário de colapso psicológico, até por ser assustador demais.

Esse é o “ranger dos dentes” do fim dos tempos nos tempos do fim.

Quem aproveitou se fartou, quem contava com a galinha ficou só contando, não há mais nada para aproveitar depois, pois não há depois.

Vitória, quinta-feira, 27 de outubro de 2016.

GAVA.

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