domingo, 30 de outubro de 2016


Duas Criações

 

Conforme fui avançando na postulação de Deus-i-Natureza subsistente-insubsistente, percebi que tinha falado da criação-evolução absoluta, aquele praticada dissonantemente pela Natureza (e não por Deus).

PRIMEIRA NASCIMENTO, O DO GERAL: TIRADO DE ‘FITA DOS PERFEITOS E AS CÓPIAS DESBOTADAS’

ESPAÇO-DEUS. Deus das potências, tudo de todos os universos possíveis e imagináveis já está representado nele, é o que chamei de função-Deus, não significando não existir O Oculto ativo, que não tem nome, nem aqueles 99 dos árabes. Elemento subsistente, ele É.
É contínuo, é campo-partícula ininterrupto que se estende por todo o tempo da Natureza – é o substrato.
Fosso instransponível porque nenhum racional, por mais elevado que seja, pode passa-lo.
TEMPO-NATUREZA. A Natureza tenta ao acaso criar/evoluir, produzindo erros que são maiores ou menores, conforme a curva do sino – em alguns mundos produzirá humanos bizarros. A ferrugem se acumula com o passar do tempo, vai se tornando cada vez mais difícil prosseguir. As potências perfeitas de cima são expressas com cada vez mais erros em baixo quanto mais a prossegue na tentativa de montar. Elemento insubsistente, ela existe (tudo que existe, começou, e vai terminar).
É descontínuo, é o pulso de Planck – A Natureza existe por um tempo e, por mais longo que ele seja, termina inelutavelmente.

Essa criação-evolução vem desde o começo, desde 13,73 bilhões de anos, desde o Barulhão (Big Bang), é a geral, a que engloba todos os mundos, inclusive os racionais e pós-racionais.

Entrementes, há a geração do Paraíso Terrestre e a formação do próprio sistema solar e da Terra em si.

ANTES ERA VAZIO E SEM FORMA (o planeta foi formado)

Comentário Bíblico
 
A terra era sem forma e vazia - O termo original תהו tohu e בהו bohu, que traduzimos sem forma e vazia, são de etimologia incerta, mas neste lugar, e onde mais eles são usados, eles transmitem a ideia de confusão e desordem. Ou seja, o mundo não era na forma que é agora, era uma grande massa de fluidos misturados com terra e água e havia escuridão sobre o abismo.
Os atuais eruditos em Antigo Testamento geralmente reconhecem Gênesis 1.1 como uma introdução resumida à criação, cuja história o restante do capítulo relata com mais pormenores. O versículo não descreve um mundo pré-adâmico. Pelo contrário, apresenta ao leitor o mundo que Deus criou, ainda sem forma e vazio. Ou seja: Deus não criou a Terra com sua forma atual de continentes e monta­nhas, nem com pessoas já habitando nela. Nos três primeiros dias, Ele deu forma à criação; e nos três dias seguintes a encheu. O restante da Bíblia refere-se a esses dias como criação, e não como nova criação.
 
A teoria da lacuna.
 
Os proponentes da teoria da lacuna argumentam que houve, num passado muito remoto, uma "criação primitiva", referida em Gênesis 1.1. Isaías 45.18 declara: "Assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a terra e a fez; ele a estabeleceu, não a criou vazia [no hebraico, tohu], mas a formou para que fosse habitada". Este versículo, segundo a teoria da lacuna, com­prova que Gênesis 1.2 não pode estar descrevendo a criação original de Deus como vazia e sem forma (tohu), mas que era uma ordem perfeita, que continha uniformidade, complexi­dade e vida.
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A Terra, não tendo sido formada, era informe e vazia, existiam os asteroides do cinturão que viria a ser o planeta: a luz do Sol já emitia há 500 milhões de anos quando a Terra surgiu há 4,5 bilhões de anos. Antes dela estar formada os raios solares incidiam sobre as partes não condensadas.
Wikipédia
Primeiro dia: Deus cria a luz (O primeiro comando é "Haja luz"). A luz é separada da escuridão.
Segundo dia: Deus cria um firmamento (o segundo comando é "Faça-se um firmamento no meio das águas, e haja separação entre águas e águas").
Terceiro dia: Deus manda as águas se juntarem em um lugar e a terra seca aparecer (o terceiro comando é "Ajuntem-se num só lugar as águas, que estão debaixo do céu, e apareça o elemento seco"). Deus manda a terra fornecer ervas, plantas e árvores frutíferas (o quarto comando é "Produza a terra relva, ervas que dêem semente, e árvores frutíferas que, segundo as suas espécies, dêem fruto que tenha em si a sua semente, sobre a terra").
Quarto dia: Deus cria luzes no firmamento para separar a luz da escuridão e marcar dias, estações e anos. Dois grandes luzeiros são criados (provavelmente o Sol e a Lua) e as estrelas. (o quinto comando é "Haja luzeiros no firmamento do céu, que façam separação entre o dia e a noite; sejam eles para sinais, e para tempos determinados, e para dias e anos; e sejam para luzeiros no firmamento do céu a fim de alumiar a terra").
Quinto dia: Deus manda o mar se encher de criaturas vivas e pássaros voarem pelos céus (o sexto comando é "Produzam as águas enxames de seres viventes, e voem as aves acima da terra no firmamento do céu."). Deus cria pássaros e criaturas e os manda serem frutíferos e se multiplicarem (o sétimo comando é "Frutificai, multiplicai-vos e enchei as águas nos mares, e multipliquem-se as aves sobre a terra.")
Sexto dia: Deus manda a terra produzir criaturas vivas (o oitavo comando é "Produza a terra seres viventes segundo as suas espécies: animais domésticos, répteis e animais selvagens segundo as suas espécies"), fez feras selvagens, animais e répteis. Cria, então, a humanidade à sua própria imagem e semelhança (o nono comando é "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança: domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todo o réptil que se arrasta sobre a terra."). O décimo comando é "Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra." Deus descreve a criação como "muito boa".
Sétimo dia: Deus descansa e abençoa o sétimo dia.

PARECE BEM COM ISTO

DIA
EVENTO
Primeiro.
A luz aparece sobre a Terra completamente formada.
Segundo.
Deus cria um firmamento, um horizonte, a Terra se torna uma esfera (o exterior, resto do sistema solar, é separado do interior).
Terceiro.
Aparece o elemento seco = SOLO, as águas oceânicas juntam-se num só lugar, rodeando Pangeia (todas-as-terras), começa a vida sobre a terra (aqui, destoa da tecnociência atual).
Quarto.
Aparece o firmamento do céu com as estrelas, antes ocultas pela atmosfera espessa (já há olhos que o vejam). O Sol é visto e a Lua já está separada de nosso mundo.
Quinto.
Os mares se enchem de criaturas e as aves aparecem na atmosfera (é o contrário do que dizem os tecnocientistas, para os quais a vida surgiu primeiro no mar).
Sexto.
Aparece a humanidade.
Sétimo.
Há uma calmaria de ações divinas, um descanso do ritmo forçado.

De nenhum modo essa segunda criação (forçada por Deus) nega ou evita a primeira: são dois instantes, o primeiro a criação-evolução produzida pela Natureza inerte e o segundo a criação específica, intervenção de Deus para produzir um lugar para o surgimento do racional.

Dentro dessa segunda criação é que é posto o Jardim do Éden/Adão, há cerca de 6,0 mil anos. Pode ser que aconteça o mesmo nos mundos racionais, a primeira evolução levando a mundos estéreis, que Deus prepara para a razão.

Quando encontrarmos a explicação geral tudo ficará claro.

Vitória, domingo, 30 de outubro de 2016.

GAVA.

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