quinta-feira, 7 de dezembro de 2017


Se o Mundo Acabar Vai Ser um Desastre

 

Tanta gente já anunciou que o mundo ia acabar que isso caiu na chacota, na gozação – ninguém acredita mais nos profetas de fim de mundo. Entretanto, os cientistas anunciaram que o aumento da temperatura média iria causar problemas e está de fato ocorrendo, não em 100 anos, mas já em 2005:

·       A Antártica perdeu 25 % de suas geleiras desde o Ano Geofísico Internacional de 1957;

·       O Kilimanjaro na África perdeu suas “neves eternas”;

·       Grande parte dos gelos do Pólo Norte está desaparecendo;

·       Gabriel me mostrou que a Corrente do Golfo esfriou vários graus em 30 anos (está no jornal A Folha de São Paulo);

·       As regiões de tundra da Sibéria vêm esquentando;

·       O Pacífico vem aumentando seu nível e ameaçando os ilhéus;

·       Há muito mais furacões nos EUA e México que antes, etc.

Agora, “o mundo acabar” é muito mais improvável. O que poderia acabar seria a humanidade.

Contudo, imaginemos como parte da brincadeira (que pode se tornar uma comédia ou drama ou ambos no cinema) que de fato o mundo fosse desaparecer afirmativamente em cinco anos. Há gente que emprestou dinheiro para 10, 20, 30 anos ou até mais, principalmente entre países: o que aconteceria se essas dívidas não pudessem ser saldadas? A pessoa empresta esperando lucrar e se o mundo fosse acabar todos quereriam “gozar a vida” no tempo que sobrasse, antes de morrer, fora os que não esperariam e se suicidariam, nem se pensando nas atrocidades.

Essa seria uma metáfora a desenvolver sobre o sistema financeiro e sua crença na sustentação do status quo ante (e sobre quanto ele financia essa condição de permanência). Acho que um bom roteirista faria um bom texto para diversão geral.

Vitória, domingo, 04 de dezembro de 2005.

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