Quando a Austrália
era Fértil
Já vimos em As Águas da Austrália neste Livro 147 que por lá pode ter sido
fértil quando foram criados os dois gigantes de terra, os dois panelões imensos
onde caíram os dois meteoritos (o terceiro foi na borda, no limite, onde há
hoje a Grande Baía Australiana).
Deve ter sido algo de absolutamente
esplêndido mesmo, algo de encher os olhos de alegria (sejam os atuais,
ecologicamente corretos, ou os olhos dos animais predadores; quando os
neandertais chegaram já tinha vazado há muito tempo). Pois antes de vazar e se
tornar estéril deve ter havido por lá muita água, mais do que podemos imaginar.
Atualmente é um inferno de areia e
fogo onde pouca coisa vive e donde os humanos fogem, exceto os aborígines.
INFERNO
DE FOGO E AREIA
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ANTES,
COMO NO PANTANAL MATO-GROSSENSE
(antes de terem sido dois dos maiores páleo-lagos dos tempos arcanos eles foram
dois páleo-pântanos, cada qual com 2,0 milhões de km2, lagos rasos
nos quais a Vida deitou e rolou). COMO JÁ FOI – semelhante ao Pantanal de hoje.
Nesses panelões a marcha foi a inversa dos Lobatos, que é dos grandes lagos
para os pântanos.
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Que é que viveu lá?
Acredito que não sobraram provas,
porque tudo foi arrastado quando as margens de terra foram rompidas pelo
acúmulo excessivo de água. Tudo foi de roldão, como no gigante das Rochosas nos
EUA. Aqueles zilhões de toneladas de água fluíram quando o dique natural foi
rompido. Mas enquanto isso a água foi acumulando e transformando tudo num
inqualificável pantanal, aliás, dois. Devia ser bonito de ver, pois choveu eras
a fio e as fontes brotaram no interior alimentando os lagos. Rios que corriam
para dentro e não para o mar. Rios das montanhas em volta que acumularam do
lado de dentro, até encher de tanta água que era verdadeiramente um oceano
interior. Só os Lobatos foram maiores na América do Norte, na América do Sul e
na África.
Vitória, sexta-feira, 09 de dezembro
de 2005.
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