domingo, 10 de dezembro de 2017


Quando a Austrália era Fértil

 

Já vimos em As Águas da Austrália neste Livro 147 que por lá pode ter sido fértil quando foram criados os dois gigantes de terra, os dois panelões imensos onde caíram os dois meteoritos (o terceiro foi na borda, no limite, onde há hoje a Grande Baía Australiana).

Deve ter sido algo de absolutamente esplêndido mesmo, algo de encher os olhos de alegria (sejam os atuais, ecologicamente corretos, ou os olhos dos animais predadores; quando os neandertais chegaram já tinha vazado há muito tempo). Pois antes de vazar e se tornar estéril deve ter havido por lá muita água, mais do que podemos imaginar.

Atualmente é um inferno de areia e fogo onde pouca coisa vive e donde os humanos fogem, exceto os aborígines.

INFERNO DE FOGO E AREIA


ANTES, COMO NO PANTANAL MATO-GROSSENSE (antes de terem sido dois dos maiores páleo-lagos dos tempos arcanos eles foram dois páleo-pântanos, cada qual com 2,0 milhões de km2, lagos rasos nos quais a Vida deitou e rolou). COMO JÁ FOI – semelhante ao Pantanal de hoje. Nesses panelões a marcha foi a inversa dos Lobatos, que é dos grandes lagos para os pântanos.


Que é que viveu lá?

Acredito que não sobraram provas, porque tudo foi arrastado quando as margens de terra foram rompidas pelo acúmulo excessivo de água. Tudo foi de roldão, como no gigante das Rochosas nos EUA. Aqueles zilhões de toneladas de água fluíram quando o dique natural foi rompido. Mas enquanto isso a água foi acumulando e transformando tudo num inqualificável pantanal, aliás, dois. Devia ser bonito de ver, pois choveu eras a fio e as fontes brotaram no interior alimentando os lagos. Rios que corriam para dentro e não para o mar. Rios das montanhas em volta que acumularam do lado de dentro, até encher de tanta água que era verdadeiramente um oceano interior. Só os Lobatos foram maiores na América do Norte, na América do Sul e na África.

Vitória, sexta-feira, 09 de dezembro de 2005.

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