Os Caldeirões
Bióticos
Como neste abaixo, do qual a vida se
aproximou no geral a vida se aproxima dos panelões, entrando neles e
desenvolvendo-se ao seu abrigo. Quando esse meteorito caiu (de baixo para cima
na fotografia, pois caiu inclinado, eu creio) a vida das redondezas foi
literalmente reduzida a pó e teve de começar do zero, colonizando de novo. Os
peixes que são trazidos não sei como se desenvolvem ali ao abrigo dos
competidores que nos mares e lagoas com comunicação disputam ferozmente a
sobrevivência e o futuro.
[Esse é tão recente que nem terminou
de encher; arco-da-frente à direita, ladrão-mais-baixo no centro embaixo]
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Nos caldeirões, nos panelões, nas
crateras dos meteoritos a vida está protegida dos grandes conjuntos. Por
exemplo, nos oceanos tudo está em comunicação e qualquer um pode receber a
visita desagradável do predador a qualquer instante – isso leva ao
desenvolvimento, à progressão das defesas, mas também a constante sobressalto.
Nos panelões tal não acontece e até que a água chegue ao nível do “ladrão mais
baixo” e comece a vazar como rio nada dali sai, nem entra frequentemente, a não
ser por via aérea ou no caso de animais caminhando até as margens. É uma vida
abrigada e devemos lembrar que possivelmente são 380 mil panelões médios na
Terra, nem muito grandes como os gigantes, nem os não-ofensivos
micrometeoritos, que não cavam crateras.
Desse modo nos vários bilhões de anos
esses panelões de terra (é lógico, os dos mares, 2/3, eram cobertos logo por
água e não podem ser pensados na mesma série) contribuíram muito para criar uma
superpopulação de uma espécie só ou poucas que ao vazarem iam servir de
alimento aos ferozes competidores de fora (uma espécie de reserva de mercado,
como a brasileira, que só serve para alimentar os de fora, porque não
desenvolve superaptidão).
Vitória, domingo, 04 de dezembro de
2005.
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