quarta-feira, 6 de dezembro de 2017


Os Caldeirões Bióticos

 

Como neste abaixo, do qual a vida se aproximou no geral a vida se aproxima dos panelões, entrando neles e desenvolvendo-se ao seu abrigo. Quando esse meteorito caiu (de baixo para cima na fotografia, pois caiu inclinado, eu creio) a vida das redondezas foi literalmente reduzida a pó e teve de começar do zero, colonizando de novo. Os peixes que são trazidos não sei como se desenvolvem ali ao abrigo dos competidores que nos mares e lagoas com comunicação disputam ferozmente a sobrevivência e o futuro.

[Esse é tão recente que nem terminou de encher; arco-da-frente à direita, ladrão-mais-baixo no centro embaixo]

Nos caldeirões, nos panelões, nas crateras dos meteoritos a vida está protegida dos grandes conjuntos. Por exemplo, nos oceanos tudo está em comunicação e qualquer um pode receber a visita desagradável do predador a qualquer instante – isso leva ao desenvolvimento, à progressão das defesas, mas também a constante sobressalto. Nos panelões tal não acontece e até que a água chegue ao nível do “ladrão mais baixo” e comece a vazar como rio nada dali sai, nem entra frequentemente, a não ser por via aérea ou no caso de animais caminhando até as margens. É uma vida abrigada e devemos lembrar que possivelmente são 380 mil panelões médios na Terra, nem muito grandes como os gigantes, nem os não-ofensivos micrometeoritos, que não cavam crateras.

Desse modo nos vários bilhões de anos esses panelões de terra (é lógico, os dos mares, 2/3, eram cobertos logo por água e não podem ser pensados na mesma série) contribuíram muito para criar uma superpopulação de uma espécie só ou poucas que ao vazarem iam servir de alimento aos ferozes competidores de fora (uma espécie de reserva de mercado, como a brasileira, que só serve para alimentar os de fora, porque não desenvolve superaptidão).

Vitória, domingo, 04 de dezembro de 2005.

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