segunda-feira, 11 de dezembro de 2017


O Buraquinho da Mulher que Tão Alargado Foi

 

Tendo compreendido várias coisas através do Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens (MCES) e vendo nos ônibus como as mulheres se apertam e se comprimem, são tão educadinhas e cordatas, procurei explicação para este fato: as mulheres se amontoam, se ajuntam, se apertam.

O MCES diz das cavernas que lá ficavam 80 a 90 % de todos durante as noites. A tribo estava sempre aumentando, porque nos psicológicos ou racionais a Natureza nos deu sexo o ano inteiro, todos os anos da vida (como Freud mostrou: das crianças aos muito velhos, todos nós somos supersexualizados) e isso significava sempre muitos filhos, transas o tempo todo de todos com todos, cada um com cada uma para fazer filhos, fazer filhos, fazer filhos.

As mulheres estão acostumadas a se apertar em qualquer buraquinho, ao contrário dos homens, sempre aflitos pela expansão até desmedida, pela Natureza EXTERIOR, pelas larguras do mundo. Ao contrário, as mulheres se apertam em corpo e espírito, em palavras e gestos, elas se acomodam. Isso parece fazê-las fracas, mas fraqueza é espada de dois gumes, é Curva do Sim e do Não, Curva do Sino, curva zero de soma polar 50/50 com opostos-complementares; no caso delas essa demonstração exterior de fraqueza tem uma fortaleza de fundo que é extraordinariamente persistente e duradoura.

Pois na caverna cada mulher tinha de se espremer, tinha de se apertar, tinha de se contentar com pouquíssimo para favorecer os queridinhos, a fonte de esperma da tribo, a fonte de crescimento que transava depois para produzir mais e mais queridinhos e ia buscar a chamada “grande proteína” com que fortalecer novos queridinhos.

As mulheres se calavam e se apertavam, se reduziam ao mínimo para deixar passar os homens; nisso alargaram as cavernas para caberem as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os AMBIENTES (cidades-municípios, estados, nações e mundos), a Terra crescendo agora até a globalização e indo além, com o ovo cósmico estando prestes a explodir no sentido de espalhar-se no sistema solar, a nova fronteira da Caverna geral. Esse silêncio quase total implantado fundo nelas pelas moléculas foi distinção humana que nos permitiu ir muito longe.
Vitória, sábado, 17 de dezembro de 2005.

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