O Buraquinho da
Mulher que Tão Alargado Foi
Tendo compreendido várias coisas
através do Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens (MCES) e vendo nos
ônibus como as mulheres se apertam e se comprimem, são tão educadinhas e
cordatas, procurei explicação para este fato: as mulheres se amontoam, se
ajuntam, se apertam.
O MCES diz das cavernas que lá ficavam
80 a 90 % de todos durante as noites. A tribo estava sempre aumentando, porque
nos psicológicos ou racionais a Natureza nos deu sexo o ano inteiro, todos os
anos da vida (como Freud mostrou: das crianças aos muito velhos, todos nós
somos supersexualizados) e isso significava sempre muitos filhos, transas o
tempo todo de todos com todos, cada um com cada uma para fazer filhos, fazer
filhos, fazer filhos.
As mulheres estão acostumadas a se
apertar em qualquer buraquinho, ao contrário dos homens, sempre aflitos pela
expansão até desmedida, pela Natureza EXTERIOR, pelas larguras do mundo. Ao
contrário, as mulheres se apertam em corpo e espírito, em palavras e gestos,
elas se acomodam. Isso parece fazê-las fracas, mas fraqueza é espada de dois
gumes, é Curva do Sim e do Não, Curva do Sino, curva zero de soma polar 50/50
com opostos-complementares; no caso delas essa demonstração exterior de
fraqueza tem uma fortaleza de fundo que é extraordinariamente persistente e
duradoura.
Pois na caverna cada mulher tinha de
se espremer, tinha de se apertar, tinha de se contentar com pouquíssimo para
favorecer os queridinhos, a fonte de esperma da tribo, a fonte de crescimento
que transava depois para produzir mais e mais queridinhos e ia buscar a chamada
“grande proteína” com que fortalecer novos queridinhos.
As mulheres se calavam e se apertavam,
se reduziam ao mínimo para deixar passar os homens; nisso alargaram as cavernas
para caberem as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os
AMBIENTES (cidades-municípios, estados, nações e mundos), a Terra crescendo
agora até a globalização e indo além, com o ovo cósmico estando prestes a
explodir no sentido de espalhar-se no sistema solar, a nova fronteira da
Caverna geral. Esse silêncio quase total implantado fundo nelas pelas moléculas
foi distinção humana que nos permitiu ir muito longe.
Vitória, sábado, 17
de dezembro de 2005.
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