i
DEVE
ACONTECER QUE NO NÃO-FINITO NO LIMITE EXISTA PELO MENOS UM QUE COMPREENDE TUDO (ele se torna o próprio conjunto de universos,
o pluriverso). Na Curva do Sino alguns não compreendem nada, a maioria está na
média, uns poucos compreendem muito.
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Inicialmente chamei a isso Deus/Natureza,
Ele/Ela, Elea; depois, ELI. É um nome qualquer, os seres humanos inventam nomes
os mais estranhos para esse conceito de Deus. Agora, para evitar confusões
(pois ELI = G = ORÁCULO e assim por diante na Rede Cognata, como opositor polar
de T = 0/G = TODO = BUDA e segue) decidi usar uma única letra, i. Que nem
sublinhei, porque é inútil fazer isso.
Clarice Lispector dizia que o “é” é a
palavra mais importante da língua portuguesa: é. E dizia também que o estado de
espírito quando se percebe é intransferível, sabe-se quando se está em contato
com esse ente. Não é que ele não esteja aí o tempo todo, é que os seres não vêem,
do mesmo modo como um pato nada sabe da Psicologia humana das PESSOAS
(indivíduos, famílias, grupos e empresas) e dos AMBIENTES (cidades-municípios,
estados, nações e mundos) e mais além. O fato de não termos uma cabeça-rádio
que capte diretamente as ondas que passam o tempo todo não quer dizer que as
ondas de rádio não estejam aí. O fato de os grilos não ouvirem nossas mensagens
da Língua geral não que dizer que não estejamos falando o tempo todo. De modo
semelhante, i está aí o tempespaço todo, nós é que não vemos e não sentimos,
pois o ET onde essênciexistimos é libre-arbitrário, ET onde é permitido
livre-querer. Como o modelo mostrou, não existe nem futuro nem passado, só o
presente sobre o qual se encavala tudo, absolutamente tudo e é de onde i administra
todas as coisas. Nossos corpos, em cada célula, estão coligados, mas a Curva do
Sino diz que metade não perceberá e que metade não aceitará (metade da metade
que percebe não aceitará e metade da metade que não percebe aceitará mesmo sem
perceber).
Vitória, terça-feira,
20 de dezembro de 2005.

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