O Fim dos Dias
As pessoas comemoram a “passagem do Ano
Novo”, quer dizer, o instante de transição do ano anterior ao seguinte,
conforme as convenções que nada mais são do que isso, convenções, pois vários
povos colocaram tal dia em várias posições.
O
ANO NOVO CONFORME OS POVOS
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E a passagem de um dia para o outro, quando
se daria?
Nós a colocamos à meia noite, no meio da
noite, seis horas depois de escurecer e seis horas antes de amanhecer, 12 horas
de noite e 12 horas de dia, com o meio dia em oposição.
O YIN/YANG APONTA (no mais escuro da
noite o dia se insinua, o que vale para toda a Teoria dos Ciclos – quando a
noite é mais profunda ela está se transformando no contrário-complementar; no
auge da bonança está o anúncio da tempestade e no topo da guerra o pedido de
paz)
Meia-noite
Meio-dia
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Ninguém vê, mas há uma comemoração no fim de
cada dia, coletivamente chamado de Fim dos Dias.
As criaturas esperam que o Dia Anterior ceda
lugar ao Dia Seguinte. Assim como o Lanterna Verde é o paladino de todas as
causas verdes com seu célebre mote-juramento, o Lanterna Escura é o campeão das
transições, é ele que cuida das transformações noturno-diárias, de modo a não
haver solução de continuidade e tudo possa transcorrer nos conformes; é o
encarregado de passar a faixa ao seu sucessor, é ele que entrega a faixa ao
Lanterna Clara, que leva o dia adiante.
JURA
DO LANTERNA
(lanterna-jura)
Segundo a Wikipédia, a primeira
versão do juramento em português foi publicada na revista Superamigos e vinha
como:
“No dia mais claro Na noite mais densa O mal sucumbirá Ante a minha presença.
Da lanterna vem
o dom da paz Para disseminar a luz Que a justiça traz
Quem quer o mal
tudo perde Ante ao poder do Lanterna Verde”
Logo, o juramento foi condensado na
seguinte forma, que foi a primeira que conheci, aos 9 ou 10 anos de idade:
No dia mais claro
Na noite mais densa O mal sucumbirá ante a minha presença Quem comete a maldade tudo perde Frente aos poderes do Lanterna Verde |
Há uma grande festa pequena (porque não é tão
importante quanto a mudança de ano, por sinal há 365 delas por ano) toda noite,
na calada da noite (quando a noite é silenciosa, quem tem esse privilégio,
QUANDO NÃO HÁ UM SACANA EMBAIXO DA JANELA DA GENTE FAZENDO BARULHO).
Os segundos que vão entrar em cena ficam numa
expectativa tremenda, esperando que tudo corra bem e os segundos que vão sair
não queiram ficar mais um pouco. E os segundos que já ralaram, que já cumpriram
seu trampo, querem ir embora dormir, esperando ansiosos que os segundos que vão
chegar não se atrasem no trânsito. Será que eles vão ser pontuais? Há uma
angústia inerente em esperar da responsabilidade dos outros.
Tem gente que não sabe, mas os Fim dos Dias
preocupam alguns.
Serra, terça-feira, 02 de outubro de 2012.
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