quinta-feira, 11 de janeiro de 2018


Uma Obra de 200 Mil Anos

 

Eu que coloquei que são 200 mil anos, porque os tecnocientistas atribuem esses milênios ao aparecimento de EMAY (Eva Mitocondrial e Adão Y) dos neandertais na África. Não sei as datas, ninguém teria como saber. É que me pareceu lógico Deus se interessar pelas raças racionais quando aparecesse a primeira dotada de língua, quer dizer, de verdadeira racionalidade, podendo evoluir rapidamente (como aconteceu). Que aceleraria ainda mais o projeto quando surgisse a primeira cidade (talvez Jericó há 11 mil anos) e a primeira escrita (Suméria há 5,5 mil anos), pois antes disso é tudo primitivo demais. Pode ser que a Vida seja rara, mas a Vida-racional é ainda mais, incomensuravelmente mais, como mostrou o modelo.

Então, na minha cabeça juntaram-se os dois eventos, o real dos 200 mil anos de EMAY e o (até agora) ficcional de El Dorado = CIDADE OCULTA e segue. Veja bem, sustentar uma obra por 200 mil anos ou 8 mil gerações de 25 anos não é corriqueiro: as pirâmides têm somente 186 gerações ou 4,65 mil anos. Que empreitada perfeita! Uma coisa que não se deteriora e fica esperando pacientemente todas as peripécias de uma raça remota na Galáxia (30 mil anos luz do centro numa Galáxia que tem 100 mil anos de diâmetro: o Sol está situado a 60 % da distância do centro) é algo de espantar mesmo, considerando-se que nossas máquinas estão aos pedaços em 10 anos de uso. É verdadeiramente assombroso.

Claro que por enquanto é somente suposição.

Contudo, se Deus é eterno, que são 200 milênios?

Pois a eternidade também é um projeto do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), ainda que divino. É físico e todo o resto. Sendo empreitada tem logística, tem diagramas PERT (divinos, claro, sem falhas), tem materiais, tem sobras, tem idas e vindas, tem mudança de cenários, tem mestres de obra, tem operários e assim por diante. Podemos até nem compreender a altura dessa construção, mas ela depende de dialógica, como tudo, depende de lógica e deve seguir a árvore de derivações. Enfim, ela deixa rastros no mundo e se soubermos o que procurar acharemos.

Tais rastros devem ter ficado nas memórias muito antigas.

Nas lendas d’antanho, digamos assim, de muito antigamente, de quando a humanidade estava surgindo mesmo nos neandertais, muito antes dos cro-magnons. Quem procura, acha. Então, é só procurar que acharemos. Tem de estar lá. Se foi feita tal obra os rastros estarão lá, na linha de 200 milênios - algo de muito inusitado mesmo.

                            Vitória, sábado, 11 de fevereiro de 2006.

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