Aqueles Sábados
Maravilhosos
MÊS (a análise de cada dia em particular
não foi feita)
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Quando eu era criança ainda
estudávamos aos sábados e os operários trabalhavam o dia inteiro, depois só na
parte da manhã; em algum momento não notado passamos a estudar só de segunda a
sexta. Mas naquele tempo, como Gabriel chamou atenção, tínhamos 30 dias de
férias em julho e 90 dias em dezembro/janeiro/fevereiro, de forma que éramos
verdadeiramente felizes.
Em particular havia os sábados.
Estudávamos os dias da semana (e
também na manhã de sábado), mas depois era a liberdade, como hoje é o dia todo
para as crianças. Existia o dia-tampão de domingo, antes da fatídica
segunda-feira quando recomeçaria tudo, mas sábado era totalmente livre, sem
nada para fazer. Podíamos ficar na cama enrolados nas cobertas até as 7 ou 8
horas, em vez de levantar às 6 ou antes. Domingo era dia de missa e de tarde íamos
às matinés, mas sábado era diversão pura, puro encantamento.
Que dia maravilhoso era o sábado!
No domingo já vinha a tensão de
segunda, mas o sábado era o dia livre por natureza, o dia totalmente entregue
às crianças, o dia sem escola e sem preocupação. Acho que ninguém raciocinou
ainda sobre esse dia em particular durante o século XX, da metade para frente
ou de quando deixou de haver aulas na manhã dele.
Quando calhava de ser dia ensolarado e
quente, então, era duplamente bom; e se estávamos em Burarama, distrito de
Cachoeiro de Itapemirim, em meio aos primos e primas com a cachoeira dos Perim
à disposição então era indescritível.
Vitória, sábado, 06 de maio de 2006.
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