terça-feira, 30 de janeiro de 2018


Aqueles Sábados Maravilhosos

 

MÊS (a análise de cada dia em particular não foi feita)


Quando eu era criança ainda estudávamos aos sábados e os operários trabalhavam o dia inteiro, depois só na parte da manhã; em algum momento não notado passamos a estudar só de segunda a sexta. Mas naquele tempo, como Gabriel chamou atenção, tínhamos 30 dias de férias em julho e 90 dias em dezembro/janeiro/fevereiro, de forma que éramos verdadeiramente felizes.

Em particular havia os sábados.

Estudávamos os dias da semana (e também na manhã de sábado), mas depois era a liberdade, como hoje é o dia todo para as crianças. Existia o dia-tampão de domingo, antes da fatídica segunda-feira quando recomeçaria tudo, mas sábado era totalmente livre, sem nada para fazer. Podíamos ficar na cama enrolados nas cobertas até as 7 ou 8 horas, em vez de levantar às 6 ou antes. Domingo era dia de missa e de tarde íamos às matinés, mas sábado era diversão pura, puro encantamento.

Que dia maravilhoso era o sábado!

No domingo já vinha a tensão de segunda, mas o sábado era o dia livre por natureza, o dia totalmente entregue às crianças, o dia sem escola e sem preocupação. Acho que ninguém raciocinou ainda sobre esse dia em particular durante o século XX, da metade para frente ou de quando deixou de haver aulas na manhã dele.

Quando calhava de ser dia ensolarado e quente, então, era duplamente bom; e se estávamos em Burarama, distrito de Cachoeiro de Itapemirim, em meio aos primos e primas com a cachoeira dos Perim à disposição então era indescritível.

Vitória, sábado, 06 de maio de 2006.

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