As Mulheres Sem Futuro

 

Tal como a Natureza fez - sem planejamento nenhum, na base da marretada ou machadada ou facãozada ao longo de bilhões de anos para obter algum resultadozinho a partir dos moldes perfeitos de Deus -, tudo ficou desse jeito que estamos vendo, com muitos travamentos das rodas dentadas. Para as mulheres, em especial, foi aquilo que vimos raciocinando repetidamente no MCES Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens.

ORGANIZANDO O TERROR DELAS (nos tempos antigos a vida era muito mais curta; hoje devemos zelar para que as menininhas tenham tempo seu, que não seja da gravidez em favor do coletivo, dando-lhes até os 16 ou de preferência até os 24 anos para que cheguem à faculdade, ou qualquer tempo que desejarem). Em unidades de oito anos, de fato o conjunto morria em uma geração de 30 anos em média ou 26 anos, como dizem; mas as mulheres morriam mais cedo de parto.

Menininhas.	Mulheres.	Mães.	Mães-mortas, avós.
Até 8.	9 a 16.	17 a 24.	25 a 32.
Sonhando com o futuro, até a menstruação.	Fazendo os testes, as inférteis pediam para morrer.	Felizes se tinham garotinhos.	Sonhando com os tempos do respeito e do favorecimento.

Como posto, as mães detestavam as menininhas, pelos motivos apontados: como competidoras futuras, por serem mais bonitas e atrativas, por não estarem sujeitas ainda a morte em trabalho de parto (os gêmeos, trigêmeos, quadrigêmeos eram muito mais comuns, as doenças eram mais recorrentes e fatais, de modo que foram elas que inventaram os primeiros remédios, porque só elas tinham motivação).

A quantidade de motivos para elas preferirem garotinhos era enorme, principalmente porque asseguravam futuro para as avós, enquanto sobrevida: mães empencadas de filhos não podiam sair pelas trilhas, enquanto homens sim, estes poderiam facilmente fazer a trouxa e “cair no mundo”, como fazem 30 % até hoje. Ninguém tem maior responsabilidade natural do que a Mulher geral. E garotinhos - que ficavam em casa até os 13 anos - podiam caçar nas redondezas, enquanto as menininhas eram treinadas para a fraqueza e a dependência (ter bonecas indica isso). Ademais, garotinhos traziam esposas, menininhas a serem exploradas; menininhas iam embora, várias bocas a menos, que fossem exploradas pelas sogras (razão pela qual não se dão).

Enfim, mães que tivessem só menininhas eram desprezadas.

Mães que tivessem só garotinhos eram festejadas e invejadas.

Porisso o empenho das mães sempre foi o futuro através dos garotinhos, mimando-os e buzinando em seus ouvidos (como Nossa Senhora fez com Jesus). Menininhas eram chutadas, enxovalhadas, maltratadas, mortas (como ainda são na China).

Vitória, sábado, 27 de janeiro de 2018.

GAVA.