terça-feira, 30 de janeiro de 2018


A Pátria Terrestre

 

Em seu livro A Cabeça Bem Feita, Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2004, p. 65, Edgar Morin diz: “A educação deve contribuir para a auto formação da pessoa (ensinar a assumir a condição humana, ensinar a viver) e ensinar como se tornar cidadão. Um cidadão é definido, em uma democracia, por sua solidariedade e responsabilidade em relação a sua pátria. O que supõe nele o enraizamento de sua identidade nacional”.

E na página 73: “A consciência e o sentimento de pertencermos à Terra e de nossa identidade terrena são vitais atualmente. A progressão e o enraizamento desta consciência de pertencer à nossa pátria terrena é que permitirão o desenvolvimento, por múltiplos canais e em diversas regiões do globo, de um sentimento de religação e de intersolidariedade, imprescindível para civilizar as relações humanas (ONGs, Sobrevivência Internacional, Anistia Internacional, Greenpeace etc. são pioneiros da cidadania terrestre). Serão a alma e o coração da segunda globalização, produto antagônico da primeira, que permitirão humanizar essa globalização”.

AS REGRAS INTERPRETADAS DE MORIN

1.       Assumirmos a condição global;

2.       Vivermos globalmente;

3.      Nos tornarmos cidadãos planetários (para que exista cidadão planetário é necessário haver democracia planetária);

4.      Identidade mundial (inclusive carteira mundial de identidade que suprima os passaportes, condição da nacionalidade restritiva);

5.      Consciência e sentimento de pertencer à Terra;

6.      Progressão e enraizamento da consciência de pertencer a um planeta unido;

7.       Religação planetária e intersolidariedade internacional.

São regras muito boas.

PARA HAVER A PÁTRIA TERRESTRE

a)                  Representatividade planetária (Congresso Mundial, governo planetário, juizado geral);

b)                 Escola mundial (como já disse);

c)                  Mídia global (TV, Revista, Jornal, Livro-Editoria, Rádio e Internet – esta adiantou-se);

d)                 Língua global (o inglês já é muito falado);

e)                 Empresas internacionais (as corporações já iniciaram isso há décadas);

f)                   Povelites de fundo planetário;

g)                 Muitas outras necessidades que estão longe de ser cumpridas, até porque os EUA estão erguendo um muro separando-os do México.

É claro que Morin tem razão, mas é preciso fazer, o que demanda adesão geral dos governempresas e dos povos todos.

Vitória, sexta-feira, 05 de maio de 2006.

Nenhum comentário:

Postar um comentário