segunda-feira, 29 de janeiro de 2018


O Ritmo Alucinante do Preenchimento Pelos Antípodas

 

Como temos vida curtíssima em termos geológicos, paleontológicos e mesmo antropológicos, tudo parece muito tranquilo na Terra, relativamente, embora uma ilha seja levantada aqui ou acolá, ou desmorone, ou tudo siga aqueles ritmos de formação continental que vimos colocando.

Do cálculo qualitativo temos que nos 26 milhões de anos que medeiam entre um supergigante e outro caem 2,5 mil dos demais, com todas as suas tempestades furiosas alastrando-se no planeta, aquela rede de consequências.

A REDE DE CONSEQUÊNCIAS (tirada de Efervescência numa Janela de Flecha Supergrande)

1.                    As flechas mexem com tudo:
2.                   Tocam fogo na Bandeira Elementar (ar, água, terra/solo, pilhas de fogo/energia);
3.                   Reconfiguram a Vida (arquea, fungos, plantas, animais e primatas);
4.                   Interferem na Psicologia de modo nem pesquisado nem sabido;
5.                   Estouram os vulcões (que jogam megatoneladas de poeira na atmosfera e espalham lava por vastas áreas);
6.                   Movem as placas tectônicas e formam os continentes;
7.                   Provocam terremotos, e maremotos e tsunamis;
8.                   Instauram monções (chuvas torrenciais) que podem durar milênios (o primeiro, o maior de todos, que mudou o eixo da Terra, criou tempestades durante 200 milhões de anos);
9.                   Provocam furacões, tornados, tufões incompreensíveis em fúria;
10.                 Interferência interna no planeta;
11.                  Alternância entre bolas de fogo e bolas de gelo;
12.                 Enegrecimento do globo com a poeira, por causa direta da queda e disparo de atividade vulcânica, com os efeitos-estufa esperados;
13.                 A enorme humidade relativa do ar;
14.                 O excesso de oxigênio e outros gases;
15.                 A ejeção de material vivo para a atmosfera e sua dispersão no globo;
16.     A criação da nova paleta vital; etc.

Imagine uma esfera, na superfície cai uma flecha (cometa ou meteorito) de qualquer tamanho (ponta do vetor toca no foco de queda), as ondas se propagam nas circunferências paralelas (como os paralelos de latitude, só que estes perpendiculares ao eixo definido na vertical da esfera) até certo ponto em que abrandam o avanço e param, diluindo progressivamente para zero os efeitos: sobram nas calotas antipodais todas as espécies que não foram prejudicadas, numa proporção mais ou menos grande, e daí elas voltam reconquistando os espaços e os tempos, até recolonizarem toda a Terra. Houve aquela de -273 milhões de anos em que sobrou apenas 1 % de todas as espécies. Como rarissimamente as flechas caem na vertical da esfera, os efeitos são diversos.

Entretanto, é certo que os antípodas são os colonizadores.

PONTOS ANTIPODAIS

Resultado de imagem para PONTOS ANTÍPODAS NA TERRA
Se caísse na África, as espécies antipodais seriam marinhas e a Vida toda teria de recomeçar delas, do que tivesse restado.

O nosso ritmo é aquele que vemos, mas se passássemos o tempo à cadência geológica os cenários se esverdeceriam a velocidades tremendas, a valente Vida geral ocupando tudo progressivamente. Veríamos a flecha caindo, produzindo seus efeitos terríveis, as circunferências de ondas se espalhando e atingindo certo limite, apagando inúmeras espécies, as que sobrassem voltando furiosamente, combatendo com bravura a destruição, “toma lá, dá cá”.

Seria muito ilustrativo, as crianças adorariam.

E isso 400 mil vezes. As 30 mil da Lua são desinteressantes, mas as daqui foram supremamente vibrantes. Claro, a Vida se deu mal 400 mil vezes; no entanto, 400 mil vezes se reergueu e encontrou outras saídas.

Vitória, segunda-feira, 29 de janeiro de 2018.

GAVA.

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