quarta-feira, 31 de janeiro de 2018


Nascendo no Inglês e nos EUA

 

Seguindo Cotas de Encarnação neste Livro 165, vejamos a questão de nascer no inglês (da qual já falei) e particularmente nos EUA. Uma avaliação mais lógica e dialética (relacional) pode ser feita, devemos aqui apenas iniciar a abordagem.

ANGLO-AMERICANO

FACILIDADE
%
COMENTÁRIO
Da língua inglesa
1/11
Falada por uns 700 milhões no mundo, 1/11 da população planetária; as elites e em especial as elites econômico-financeiras, os ricos e médio-altos, todos falam a língua em todos os países. Por comparação os que falam português são no máximo 220 milhões, 1/30.
Da tradução
7/10
Dizem que 70 % ou mais do que é escrito de importante no conhecimento é vertido ao inglês.
Das universidades
1/4
A Internet dá conta de serem atualmente 6,0 mil universidades no mundo; dos quais, estimo, ¼ proporcionais com a produção estariam nos EUA. Note que a participação dos EUA na economia mundial, de 25 %, já está introduzida aqui.
De ser primeiro mundo
200/1
Todos os primeiros-produtos e todos os primeiros-processos estão presentes lá ou podem ser facilmente importados, até por valores subsidiados. Eles são o primeiro país em 200, então quase tudo de melhor flui para lá.
TOTAL
>3
(Não pense que o índice é pequeno, o do Brasil seria algo em torno de 0,00015; seria interessante calcular o de cada país, inclusive com maior apuro o do Brasil)

Fazer qualquer coisa de destacada nos EUA é relevante, mas não tanto quanto seria em Ruanda. Herói seria quem aparecesse no Mali ou na Romênia ou no Paraguai. Nascer no inglês e especialmente nos EUA já é ter uma herança de produçãorganização, algo de prévio muito fundamentado, uma base enorme sobre a qual construir já do alto qualquer coisa de significante. Grande foi Jesus que não tendo nascido no centro do império romano, em Roma, tendo nascido numa província remota e desprezada se destacou finalmente.

Enfrentar todas as dificuldades de um país de terceiro, de quarto, de quinto mundo e ainda assim destacar-se é realmente algo merecedor de aplausos. Nascer na China de 1200 já era meio caminho andado, enquanto nascer na Mongólia como fez Temujin e se tornar Gêngis, o Grande Khan, isso é algo. Nos EUA qualquer um empurrado para frente já vai ser fotografado por 600 mil câmaras.

Vitória, segunda-feira, 08 de maio de 2006.

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