Pré-Desvios: Tratando
a Humanidade com a Curva do Sino
A
CURVA DO SINO DO ADRN
(as mutações acidentais se distribuem aleatoriamente como grandes números e
provêem defesas para perigos que ainda nem surgiram e pertencem ao campo das
possibilidades dialógicas do futuro distante)
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Quando surgiu volumosamente a AIDS no
começo dos anos 1980 ninguém pensou no que depois raciocinaram (inclusive nós
também, Gabriel e eu): que as pessoas nunca contaminadas dos grupos de risco
evidenciavam um apontamento de cura, porque nelas alguma mutação prévia tinha
CONDENADO-AS Á SOBRE-VIVÊNCIA. Todos os vivos hoje são filhos de mutações
adequadas (mas o que foi conseguido antes não é jogado fora, fica estocado).
A Curva do Sino espalha as mutações
tanto à esquerda (na direção-sentido da morte por deficiência evolutiva,
inadequação das partículas à pulsação atual do campo) quanto à direita, onde
elas ficam estocadas esperando o campo se manifestar (ou não). Não é só defesa
para a AIDS que está no ADRN, é defesa para milhares de ataques. Alguns dos
ataques potenciais não tiveram modelação prévia e serão completamente
destrutivos, talvez, mas para a grande maioria a existência prévia dos seres em
3,8 bilhões de anos colocou em todos os ramos (e não apenas naquela variação
dilemática que veio dar em nós; porisso é fundamental preservar TODAS as
variações do banco genético da Terra) uma quantidade impressionante de defesas,
algumas nunca usadas.
As mutações desviam-se do CAMPO
CENTRAL, aquele que está no agora-aqui, no é-da-coisa, como dizia Clarice
Lispector: no É mesmo, no pontinstante, no horizonte de simultaneidades.
O CAMPO CENTRAL está no centro da CS:
50 % estão em volta do eixo-de-existência, protegidos no campo de agoraqui; mas
outros estão à esquerda, protegidos em relação ao que já foi tentado (e pode
voltar) e outros estão na direita, protegidos em relação ao futuro. Esse é o
ensinamento precioso da CS. É isso que precisamos olhar e estudar.
Vitória, segunda-feira, 20 de
fevereiro de 2006.

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