O Topo do Edifício e
Tudo que Está por Cima
Antigamente os terraços dos prédios
eram os lugares onde ficavam as caixas d’água, proteções várias, casa de
guardados do caseiro (se houvesse) e um monte de tralhas, até que passaram a
ser usados como duplex e triplex, apartamentos “de cobertura”, quando até o
nome foi mudado.
FICARAM
ASSIM (muito
bonitos, por sinal)
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Pode ser que riqueza não traga
felicidade, mas pelo menos torna suportável a falta dela. Em todo caso, lá
estão os ricos gozando delas, das vistas dos terraços.
Faz todo sentido colocar até
fazendolas no topo dos edifícios, pois é agradável mesmo juntar a urbanização
com a vida campestre. Num lugar mais vasto, onde o edifício fique recuado da rua,
pode-se até projetar para os lados o topo, ampliando-o sobremaneira.
Mas nisso a caixa d’água é descida e
fica no subsolo, o que evita o benéfico efeito gravitacional nos chuveiros, a
sobrepressão ao abrir da torneira, compensando-se isso com pressão adicional
através de máquinas. Outra solução é bota tudo que estava no teto no andar
abaixo do duplex ou triplex, de toda cobertura. Então se poderia fabricar por
lá o paraíso na Terra ou o que se aproximasse do que os racionais podem gozar
em termos de prazer carnal.
AÍ
PODERIA HAVER UMA PRAÇA
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Enfim, agora que há milhares e até
milhões de edifícios em todo o mundo o que não falta são terraços. Bilhões de
metros quadrados de praças poderiam ser construídos por toda parte, quando não
fosse de uso privado, instalando-se elevadores especiais que levassem ao teto
como favor dos prédios e seus proprietários. As pessoas poderiam passar de uma
praça-superior a outra por pontes, indo de edifício a edifício, vivenciando
milhares de praças.
Vitória, domingo, 29 de janeiro de
2006.
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