quarta-feira, 3 de janeiro de 2018


O Topo do Edifício e Tudo que Está por Cima

 

Antigamente os terraços dos prédios eram os lugares onde ficavam as caixas d’água, proteções várias, casa de guardados do caseiro (se houvesse) e um monte de tralhas, até que passaram a ser usados como duplex e triplex, apartamentos “de cobertura”, quando até o nome foi mudado.

FICARAM ASSIM (muito bonitos, por sinal)


Pode ser que riqueza não traga felicidade, mas pelo menos torna suportável a falta dela. Em todo caso, lá estão os ricos gozando delas, das vistas dos terraços.

Faz todo sentido colocar até fazendolas no topo dos edifícios, pois é agradável mesmo juntar a urbanização com a vida campestre. Num lugar mais vasto, onde o edifício fique recuado da rua, pode-se até projetar para os lados o topo, ampliando-o sobremaneira.

Mas nisso a caixa d’água é descida e fica no subsolo, o que evita o benéfico efeito gravitacional nos chuveiros, a sobrepressão ao abrir da torneira, compensando-se isso com pressão adicional através de máquinas. Outra solução é bota tudo que estava no teto no andar abaixo do duplex ou triplex, de toda cobertura. Então se poderia fabricar por lá o paraíso na Terra ou o que se aproximasse do que os racionais podem gozar em termos de prazer carnal.

AÍ PODERIA HAVER UMA PRAÇA


Enfim, agora que há milhares e até milhões de edifícios em todo o mundo o que não falta são terraços. Bilhões de metros quadrados de praças poderiam ser construídos por toda parte, quando não fosse de uso privado, instalando-se elevadores especiais que levassem ao teto como favor dos prédios e seus proprietários. As pessoas poderiam passar de uma praça-superior a outra por pontes, indo de edifício a edifício, vivenciando milhares de praças.

Vitória, domingo, 29 de janeiro de 2006.

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