quinta-feira, 4 de janeiro de 2018


Filosobar

 

Filosofia-de-bar.

É sabido que as pessoas (antes, homens, agora tanto homens quanto mulheres, embora em menor quantidade) passam muito tempo em bares, ainda que menos do que desejariam, porque hoje as contas são altíssimas, uma cerveja custa 11 reais ou mais (faz uns 16 anos que não bebo, mas vejo os amigos bebendo): uma conta pode chegar facilmente a meio salário mínimo para quatro ou cinco em volta da mesa, havendo tira-gostos ou pratos.

Há os bares mais elegantes e os mais fuleiros, os que chamamos no Brasil de copo-sujo e os americanos de pé-sujo (há piada sobre um bar chamado “cancro”), botecos com cerveja mais barata e cachaça, além de bebidas quentes para pobres e miseráveis (são os mais agradáveis, a conversa corre solta, há alegria, não estão tentando te roubar anotando errado ou encarecendo os preços, a comida é “sustante”).

Os filósofos reclamam que se dá pouca atenção à Filosofia geral, mas acho que por um lado é falta de propaganda sadia e de planejamento de consecução, de realização, de fazer acontecer, DE ESPALHAR, mesmo que jocosamente.

Dificilmente haveria muito aproveitamento num bar assim, mas livros poderiam ser mostrados e vendidos, vídeos, programas, e-endereços de sítios/sites oferecidos, discussões sérias mantidas por quem se propusesse a anotar, palestras de (bêbados também) professores graduados, mestres, doutores e pesquisadores de campo, filólogos, escritores famosos, etc.

Questão de desenhar.

Evidentemente, a grande maioria, na proporção 80/20 não se consagraria. Nada a reclamar, tudo é assim, só 20 % aproveitam, ou menos. Contudo, são centenas de milhares de bares nas 5.570 cidades-municípios, nos 26 estados e DF, com não sei quantas escolas de filosofia para os 2,5 mil anos de buscas, incessantes e tão interessantes.

Não deixo de ficar estarrecido com a falta de imaginação de tantos em tantas áreas sensíveis, como é esta da filosofia-ideologia.

Vitória, quinta-feira, 4 de janeiro de 2018.

GAVA.

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