Filosobar
Filosofia-de-bar.
É sabido que as pessoas (antes, homens, agora
tanto homens quanto mulheres, embora em menor quantidade) passam muito tempo em
bares, ainda que menos do que desejariam, porque hoje as contas são altíssimas,
uma cerveja custa 11 reais ou mais (faz uns 16 anos que não bebo, mas vejo os
amigos bebendo): uma conta pode chegar facilmente a meio salário mínimo para
quatro ou cinco em volta da mesa, havendo tira-gostos ou pratos.
Há os bares mais elegantes e os mais
fuleiros, os que chamamos no Brasil de copo-sujo e os americanos de pé-sujo (há
piada sobre um bar chamado “cancro”), botecos com cerveja mais barata e
cachaça, além de bebidas quentes para pobres e miseráveis (são os mais
agradáveis, a conversa corre solta, há alegria, não estão tentando te roubar
anotando errado ou encarecendo os preços, a comida é “sustante”).
Os filósofos reclamam que se dá pouca atenção
à Filosofia geral, mas acho que por um lado é falta de propaganda sadia e de
planejamento de consecução, de realização, de fazer acontecer, DE ESPALHAR,
mesmo que jocosamente.
Dificilmente haveria muito aproveitamento num
bar assim, mas livros poderiam ser mostrados e vendidos, vídeos, programas,
e-endereços de sítios/sites oferecidos, discussões sérias mantidas por quem se
propusesse a anotar, palestras de (bêbados também) professores graduados,
mestres, doutores e pesquisadores de campo, filólogos, escritores famosos, etc.
Questão de desenhar.
Evidentemente, a grande maioria, na proporção
80/20 não se consagraria. Nada a reclamar, tudo é assim, só 20 % aproveitam, ou
menos. Contudo, são centenas de milhares de bares nas 5.570 cidades-municípios,
nos 26 estados e DF, com não sei quantas escolas de filosofia para os 2,5 mil
anos de buscas, incessantes e tão interessantes.
Não deixo de ficar estarrecido com a falta de
imaginação de tantos em tantas áreas sensíveis, como é esta da
filosofia-ideologia.
Vitória, quinta-feira, 4 de janeiro de 2018.
GAVA.
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