segunda-feira, 1 de janeiro de 2018


Esculturação Urbana

 

Partindo do livro Anti-Cubo que pretendo escrever (de preferência em parceria com alguém, algum arquiteto e engenheiro, pois há tanto a fazer) concebi que poderíamos estar vivendo em ambientes onde não existissem esses fatídicos paralelepípedos que são os prédios.

GAUDÍ E OS PARALELEPÍPEDOS (excesso de um, falta do outro)


Precisamos esculpir os AMBIENTES (cidades-municípios, estados, nações e mundos) para acomodar melhor as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas), para estas o quarto, a casa, a quadra e o bairro.

PRÉDIOS ESCULPIDOS

Podemos pensar em prédios assim, como esculturas mesmo, onde as formas preponderem sobre os conteúdos, porque forma e estrutura são dois motores independentes. O mundo está ficando tão grande em objetivos ou necessidades de variação que as grandes empresas poderão patrocinar edifícios mirabolantes apenas para se distinguirem e introduzirem novidades no horizonte do mundo.

QUADRAS E BAIRROS ESCULPÍDOS

Não essa coisa ainda quadrada, mas arredondada, oblonga tanto na vertical quanto na horizontal, nesta no comprimento e em profundidade, acima e abaixo da terra NATURALMENTE POSTO. Depois distritos inteiros seriam esculpidos de uma vez. Tal audácia jamais se poderia ter nos tempos anteriores, porque o volume de dinheiro exigido era grande demais, ao passo que agora há socioeconomia ou produçãorganização que baste e sobre. Por exemplo, o bairro antigamente distante da Barra da Tijuca no Rio de Janeiro foi todo construído por grandes empresas, mas aos poucos, não todo de uma vez. Poderia ser, agora, para dezenas de milhares de moradores e milhares de empresas (agropecuárias-extrativistas, industriais, comerciais, de serviços e bancárias), todas integradas, todas conectadas no mesmo propósito e geridas pela mesma entidade administradora.
MODELADO NAS TRÊS DIREÇÕES


ECOESCULTURAÇÃO

Aqui já estamos junto daquele conceito antigo de ecoplanejamento e ecomodelação, a esculturação de toda a Natureza, de que os jardins de Burle Marx, digamos, são apenas uma parte enquanto potência.
A FLORESTA DA TIJUCA É ARTIFICIAL E UM EXEMPLO DE COMO     PODEMOS RECONSTRUIR A NATUREZA EM VASTAS ÁREAS (melhor que isso, até)

NOVOS EDIFÍCIOS (no exterior)


Enfim, da casa à cidade e além podemos agora esculpir psicologicamente os ambientes humanos em áreas e volumes cada vez maiores. Claro que não será para todos, pois caro, até muito, muito caro nos desenhos mais bem feitos. Para ricos e médio-altos, muito além daqueles bairros americanos, em que as casas ainda seguem o padrão antigo quadrado-cúbico. E não estão integrados.

Vitória, sexta-feira, 20 de janeiro de 2006.

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