Esculturação Urbana
Partindo do livro Anti-Cubo que
pretendo escrever (de preferência em parceria com alguém, algum arquiteto e engenheiro,
pois há tanto a fazer) concebi que poderíamos estar vivendo em ambientes onde
não existissem esses fatídicos paralelepípedos que são os prédios.
GAUDÍ
E OS PARALELEPÍPEDOS
(excesso de um, falta do outro)
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Precisamos esculpir os AMBIENTES
(cidades-municípios, estados, nações e mundos) para acomodar melhor as PESSOAS
(indivíduos, famílias, grupos e empresas), para estas o quarto, a casa, a
quadra e o bairro.
PRÉDIOS ESCULPIDOS
Podemos pensar em prédios assim,
como esculturas mesmo, onde as formas preponderem sobre os conteúdos, porque
forma e estrutura são dois motores independentes. O mundo está ficando tão
grande em objetivos ou necessidades de variação que as grandes empresas
poderão patrocinar edifícios mirabolantes apenas para se distinguirem e
introduzirem novidades no horizonte do mundo.
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QUADRAS
E BAIRROS ESCULPÍDOS
Não essa coisa ainda quadrada, mas
arredondada, oblonga tanto na vertical quanto na horizontal, nesta no
comprimento e em profundidade, acima e abaixo da terra NATURALMENTE POSTO.
Depois distritos inteiros seriam esculpidos de uma vez. Tal audácia jamais se
poderia ter nos tempos anteriores, porque o volume de dinheiro exigido era
grande demais, ao passo que agora há socioeconomia ou produçãorganização que
baste e sobre. Por exemplo, o bairro antigamente distante da Barra da Tijuca
no Rio de Janeiro foi todo construído por grandes empresas, mas aos poucos,
não todo de uma vez. Poderia ser, agora, para dezenas de milhares de
moradores e milhares de empresas (agropecuárias-extrativistas, industriais,
comerciais, de serviços e bancárias), todas integradas, todas conectadas no
mesmo propósito e geridas pela mesma entidade administradora.
MODELADO
NAS TRÊS DIREÇÕES
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ECOESCULTURAÇÃO
Aqui já estamos junto daquele
conceito antigo de ecoplanejamento e ecomodelação, a esculturação de toda a
Natureza, de que os jardins de Burle Marx, digamos, são apenas uma parte
enquanto potência.
A
FLORESTA DA TIJUCA É ARTIFICIAL E UM EXEMPLO DE COMO PODEMOS RECONSTRUIR A NATUREZA EM VASTAS
ÁREAS (melhor
que isso, até)
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NOVOS
EDIFÍCIOS (no
exterior)
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Enfim, da casa à cidade e além podemos
agora esculpir psicologicamente os ambientes humanos em áreas e volumes cada
vez maiores. Claro que não será para todos, pois caro, até muito, muito caro
nos desenhos mais bem feitos. Para ricos e médio-altos, muito além daqueles
bairros americanos, em que as casas ainda seguem o padrão antigo
quadrado-cúbico. E não estão integrados.
Vitória, sexta-feira, 20 de janeiro de
2006.
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