Sob
a Sevícia da Noite
No livro de Molly Guptill Manning, Quando
os Livros Foram à Guerra (As histórias que ajudaram os aliados a vencer
a Segunda Guerra Mundial), Rio de Janeiro, Casa da Palavra, 2015 (sobre
original de 2014), ela fala das literalmente centenas de toneladas de volumes
levados às frentes de batalha pelas lideranças militares dos EUA a partir de
quando eles entraram no conflito no final de 1941 (07 de dezembro), por menos
de quatro anos (até 02 de setembro de 1945, rendição incondicional do Japão; a
da Alemanha tinha sido antes, 08 de maio).
MOLLY
E O LIVRO
A AUTORA
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ESTE LIVRO
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Durante esses quase quatro anos as lideranças
americanas tiveram pelos soldados algum carinho, o que pouco é notado na Europa
ou em outros lugares.
A autora conta caso de soldado que na frente
de batalha dormia sobre seus exemplares para que não os tomassem, pois deveriam
ser repassados depois de lidos – as bombas caindo ou na espera disso, liam, as
palavras os conduziam ao sonho que a inumanidade da escuridão não conseguia
dispersar.
Que conforto inacreditável para as almas!
Ela conta casos muito interessantes.
Página 104: “Apaixonado por livros de capa
dura e jornalista muito respeitado, Gannett já havia feito críticas de cerca de
8 mil livros ao longo da carreira. Sua opinião sobre o programa de livros era
importante”.
LEWIS GANNETT (da coluna “Books
and Things”, do Herald Tribune entre 1930 e 1956, escrevendo
espontaneamente sobre o programa), 1891-1966.
Só consegui encontrar esta foto.
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Diz que é o da esquerda.
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De 1930 a 1956 são 26 anos, mas no começo, em
1942 tinham se passado 12 anos, ele tinha lido oito mil livros. Não há como
saber as datas das afirmações, mas tomando os anos completos, (12 anos x 365
dias/ano) /8.000 livros = 0,55 dia/livro, meio dia para ler, ele lia
compulsivamente TODOS OS DIAS. Tinha de pensar e digitar as resenhas, já
existiam máquinas de escrever, lá foram estavam os críticos (intelectuais, autores,
políticos, professores, todos os urubus em busca de carniça) e os leitores, sem
falar que dentro estavam o editor e os colegas querendo pegar alguma falha de
crítica, Gannett tinha de ser muito equilibrado e ajuizado, temperado. Sem
pesquisa não é possível saber com precisão, em todo caso é muito.
Com todas as tarefas, se sentiu atraído a
ajudar.
Quero dizer que existem almas boas, aqueles
50 % + ε (épsilon).
No seio da escuridão, trabalhando para o bem,
para a luz. Os soldados, sob as bombas, dispostos a levar suas vidas ao perigo
de supressão (de si, dos contatos com amigos e parentes) e na retaguarda os
escritores e aqueles que lutavam para levar os milhões de livros à frente para
a batalha pela liberdade.
Lembre-se desses exemplos quando a rejeição
te atingir.
Há luz.
COMO
DISSE PASCAL
Vitória, sexta-feira, 02 de setembro de 2016.
GAVA.
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