sábado, 3 de setembro de 2016


Grande Alemanha

 

No livro de Joachim Fest, Hitler, Rio de Janeiro, PocketOuro, 2010 (sobre original de 1973), ele diz logo no Prólogo, Hitler e a Grandeza Histórica, página 1: “A história não registra fenômeno que se lhe assemelhe: devemos qualifica-lo de ‘grande’ [a Hitler]? Ninguém suscitou tal entusiasmo e histeria, e tão grande esperança de salvação; ninguém despertou tanto ódio. Só a coalizão de quase todas as potências mundiais, numa guerra que durou quase seis anos, extinguiu-o da face da Terra; nas palavras de um oficial da resistência alemã, abateu-o ‘como a um cão raivoso’”, negrito e itálico meus.

O AUTOR ADULADOR E SEU LIVRO

AUTOR (alemão, 1926-2006, 80 anos entre datas).
O LIVRO BAJULADOR
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Tenho o volume compacto.

Particularmente não gosto nem um tiquinho de Hitler, nada mesmo.

Falo aqui da Alemanha.

Veja, uma coalizão de quase todas as nações, duas das quais (EUA e URSS) seriam depois as superpotências (exatamente porque se superpotencializaram na guerra), sem falar no Reino Unido (atualmente 53 países fazem parte da Riqueza Comum, chegou a ser império “onde o sol nunca se punha”) e nos demais, por exemplo, o Brasil, que fornecia matérias primas e produtos industriais aos Aliados.

A Alemanha tinha (veja na Internet; não consegui saber se contavam junto a Áustria) em 1939 82 milhões de habitantes, e só agora, em estimativa para 2016, voltou a esse patamar depois de 70 anos desde 1945, fim da guerra.

A DESTRUIÇÃO MACIÇA DA ALEMANHA NA SEGUNDA GUERRA

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De passagem os soviéticos aproveitaram para estuprar 2,0 milhões de mulheres alemãs.
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Reconstrução das cidades, janela por janela, rua por rua.

Os alemães passaram pelos gastos militares e destruições da Primeira e da Segunda guerras mundiais, com tudo aquilo das reconstruções internas e reparações aos vencedores. A partir de 1991 (não acabou ainda) gastaram trilhões de dólares, empregados na reconstrução da Alemanha Oriental, dita Alemanha Democrática, sujeita aos atrasos soviéticos.

Não é nada fácil.

É povo lutador em todos os sentidos, você há de convir, ultrapassar tantas provas com os bandidos de dentro e de fora...

No livro de Molly Guptill Manning, Quando os Livros Foram à Guerra (As histórias que ajudaram os aliados a vencer a Segunda Guerra Mundial), Rio de Janeiro, Casa da Palavra, 2015 (sobre original de 2014), ela diz na página 107:

“A Alemanha enfrentava a guerra em três frentes e tinha um território imenso para defender. O front oriental, que abrangia a Rússia, tinha quase 2 mil quilômetros. O do Mediterrâneo, que se estendia pela África e Europa, quase 3 mil quilômetros. E na Europa Ocidental as tropas alemãs tinham um front de 6 mil quilômetros para proteger”.

Então, (2 + 3 + 6 =) 11 mil quilômetros em três frentes de luta com as maiores potências. A Itália e nada era a mesma coisa, o Duce era ridículo. O Japão, este sim, enfrentou os EUA (no que era a segunda frente deste), o Reino Unido espalhado pela Ásia e no final da guerra todas as potências aliadas convergentes (a URSS oportunista só declarou estado de guerra contra o país no último momento, quando os americanos e ingleses tinham feito todo o serviço), este também foi valente.

Resumindo, três frentes em 11 mil quilômetros.

Sem falar que os povos subjugados não ficavam quietinhos como vacas de presépio, não estavam lá como figuração, a França lutou o tempo todo.

É povo a respeitar.

Aplaudo.

Hitler, não, nem um tiquinho (embora, como veremos se tiver tempo de colocar, ele não fosse nada bobo, jogou em vários níveis), não o respeito.

Ao povo alemão, sim.

Vitória, sábado, 03 de setembro de 2016.

GAVA.

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