sexta-feira, 1 de junho de 2018


Resumo da Qualidade do Nosso Trabalho Coletivo

 

A Veja publicou a Edição Especial nº 84, ano 39, número 1984, dezembro de 2006, Natal Digital, que anexo, com “150 aparelhos de última geração com preços e dicas de uso e qualidade”. São fantásticos, “última geração” comprável no Brasil, “topo de linha”.

É claro, a grande maioria dos brasileiros (logo de cara os que não estão entre os 5 % de ricos e os 15 % de médio-altos) estão fora da festa. Como se vê no gráfico abaixo, 56 % dos brasileiros em 2002 ganhavam oficialmente até 2,0 SM (salários mínimos), em 2006 700 reais/mês, coisa de 323 dólares a R$ 2,17/US$ 1,00. Só 10 % ganham mais de 10 SM (R$ 3,5 mil, que também não é grande coisa; no caso estou presentemente em 25,7 SM brutos, estou acima dos 5 % oficiais – não realmente, porque muitos sobretrabalham informalmente, fazem “bico”, sonegam informações).

150 produtos, poderia ser muito maior a lista.

Lindos, deslumbrantes, o povo não pode ter: 95 % ganham menos de 10 SM, não sei quantos porcento menos de 20 SM, talvez mais de 99 %, o que não leva em conta os salários indiretos e a picaretagem escancarada, o banditismo (caixa dois, sonegação; roubo mesmo, furtos; desvio de verbas públicas, etc.: muita gente tem o que pelos vencimentos não poderia ter). 99 de nós trabalham para 1 ter.

De vez em quando aparece um índice qualquer situando o Brasil, digamos, em 67º lugar em 200 nações. Seria interessante fazer a lista de todas as posições brasileiras:

·       Comparadas com os 10 anteriores e os 10 posteriores (no caso, de 57 a 77);

·       Comparadas com os 10 primeiros;

·       Comparadas com os cinco anteriores e os cinco posteriores em termos de produção anual, PIB;

·       Comparadas com os vizinhos;

·       Outras comparações.

Todo o trabalho mundial flui como que num funil para os 20 % e depois para os 5 %; os 20 % detém 80 % da riqueza, relação 4/1, ao passo que o 1 % mais rico detém agora 15 % ou mais, relação de 15/1. Não admira mesmo nada que eles queiram internacionalizar, fazer o mundo inteiro trabalhar para eles.

Vitória, segunda-feira, 27 de novembro de 2006.

 

A FESTA DIGITAL DAS ELITES


A FESTA DA BURGUESIA E DAS ELITES (é servida pelos escravos de hoje)

Opinião Pública
02/01/2002
33% fazem horas extras
Dos que fazem, 31% não recebem por elas

Fazer horas extras é algo rotineiro para 33% dos brasileiros. Esses brasileiros acrescentam, em média, 9,5 horas à sua jornada semanal, e cerca de um terço (31%) deles não recebe nenhum tipo de compensação por esse acréscimo de trabalho.
45% dos que trabalham atualmente ganham a vida de maneira informal,
sem direitos trabalhistas e com menor remuneração

Tendo como base apenas os brasileiros que trabalham atualmente fica mais nítida a percepção do grande contingente de trabalhadores atualmente na informalidade.
56% dos brasileiros recebem até dois salários mínimos por mês
63% começaram a trabalhar antes dos 16 anos

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