domingo, 24 de junho de 2018


O Espírito Santo da Propaganda

 

Em anexo colo dois estudo, ambos patrocinados pela Rede Gazeta: 1) A Força do Estado do Espírito Santo, mais técnico; 2) PotencialidadES 2007 O Espírito Santo Como Você Nunca Viu, mais popular.

A gente que está aqui não vê as coisas desse modo, de onde entendo que quando vejo propaganda sobre outros lugares os de lá também não os vêem tão belos como são mostrados. De fato, no Espírito Santo há favelas, os tais “bolsões de miséria”, como se fossem tumores incrustados no tecido sadio e pudessem ou devessem ser extirpados – de fato as favelas cercam os núcleos urbanos, estão em toda a periferia do “círculo urbano”.

Os fotógrafos são especialistas em substituição da estrutura ou conceito pela forma ou superfície: são “trabalhadores da luz” e das sombras, induzindo-nos a considerar apenas o “melhor ângulo”: por acaso os outros ângulos não nos ensinam e às vezes até muito mais?

E nem adianta dizer que o Espírito Santo da propaganda não é real: onde o teriam fotografado? É real, existe sim, tal como é mostrado e pode ser visto. O que acontece é que pegaram uma fração para efeito de propaganda. É otimismo. Não pode ser assim? Claro que pode, o ES esteve muito tempo preterido, como já afirmei, e algo lhe é devido frente às outras preferências mais antigas. O governador reeleito 2007/2010 PHG está fazendo um esforço notável para endireitar as coisas, o que merece aplausos, e os locais seguem a orientação tornando-se mais otimistas frente a outros tempos vergonhosos. E A Gazeta está fazendo sua parte, diferente de A Tribuna que não cuida disso, só de seu crescimento de base popularesca de “maior e melhor jornal do ES” porque atinge 350 mil leitores diários.

Enfim, se “a propaganda é a alma do negócio” o ES está entrando em cheio no negócio. Desde que sobre para o povo, nada a obstar.

Vitória, terça-feira, 16 de janeiro de 2007.

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