O Espírito Santo da
Propaganda
Em anexo colo dois estudo, ambos
patrocinados pela Rede Gazeta: 1) A
Força do Estado do Espírito Santo, mais técnico; 2) PotencialidadES 2007 O Espírito Santo Como Você Nunca Viu, mais
popular.
A gente que está aqui não vê as coisas
desse modo, de onde entendo que quando vejo propaganda sobre outros lugares os
de lá também não os vêem tão belos como são mostrados. De fato, no Espírito
Santo há favelas, os tais “bolsões de miséria”, como se fossem tumores incrustados
no tecido sadio e pudessem ou devessem ser extirpados – de fato as favelas
cercam os núcleos urbanos, estão em toda a periferia do “círculo urbano”.
Os fotógrafos são especialistas em
substituição da estrutura ou conceito pela forma ou superfície: são
“trabalhadores da luz” e das sombras, induzindo-nos a considerar apenas o
“melhor ângulo”: por acaso os outros ângulos não nos ensinam e às vezes até
muito mais?
E nem adianta dizer que o Espírito
Santo da propaganda não é real: onde o teriam fotografado? É real, existe sim,
tal como é mostrado e pode ser visto. O que acontece é que pegaram uma fração
para efeito de propaganda. É otimismo. Não pode ser assim? Claro que pode, o ES
esteve muito tempo preterido, como já afirmei, e algo lhe é devido frente às
outras preferências mais antigas. O governador reeleito 2007/2010 PHG está
fazendo um esforço notável para endireitar as coisas, o que merece aplausos, e
os locais seguem a orientação tornando-se mais otimistas frente a outros tempos
vergonhosos. E A Gazeta está fazendo
sua parte, diferente de A Tribuna
que não cuida disso, só de seu crescimento de base popularesca de “maior e
melhor jornal do ES” porque atinge 350 mil leitores diários.
Enfim, se “a propaganda é a alma do
negócio” o ES está entrando em cheio no negócio. Desde que sobre para o povo,
nada a obstar.
Vitória, terça-feira, 16 de janeiro de
2007.
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