quinta-feira, 5 de abril de 2018


O Culto aos Antepassados

 

Assisti o filme da Disney/Pixar Viva – A Vida é uma Festa, de 2017, em que pela primeira vez os mexicanos não são objeto de escárnio ou tratados como subpovo (não existe tal palavra, vou cria-la agora para retratar a avacalhação dos americanos pelos mexicanos). A nação é tratada com respeito na película e no roteiro, benza Deus, é assim que todos os povelites todos do mundo deveriam ser enxergados.

Vendo o filme, pensei que o culto aos antepassados ou ancestrais é amplo no planeta, a começar do Oriente, onde é onipresente no Japão; alguém mais esperto, mais competente, com mais memórias, mais leituras, mais organização, mais tempo e recursos que eu deveria fazer o levantamento completo, talvez com aquela competência nunca bastante louvada do pessoal da Wikipédia.

CULTOS NAS NAÇÕES

PAÍS.
NOME.
DATA.
Brasil.
Finados.
02 de novembro.
Japão.
Culto aos antepassados ou ancestrais.
Todos os dias.
México.
Dia de los muertos.
31 de outubro a 02 de novembro.

O que acontece no México se espalha pela América Central e aquilo do Japão também é praticado nas religiões orientais. A Wikipédia lembra que os cultos aos santos não passa disso; de fato, mas numa esfera muito mais alta.

De passagem, vemos que os mortos no México vão para um lugar onde são lembrados (na Rede Cognata memória = INFERNO), toda uma cidade imensa num “universo paralelo” à Terra e semelhante a ela, um limbo antes do Paraíso, onde existem animais “guias”, mostrando claramente que o país não foi suficientemente cristianizado, ainda acredita num orbe análogo intermediário autônomo, independente de Deus, que não é mencionado – a educação dele é incompleta, repetirei a frase famosa de Porfírio Diaz (mexicano, 1830-1915), "Pobre México. Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos."

É como o Brasil das “religiões africanas” (coloco aspas porque, como já disse, só é religião o que tem na origem um iluminado; no caso da África e das Américas não apareceu nenhum, foi porisso mesmo que não avançaram bastante socioeconomicamente).

O filme reforça essa visão pagã vinda dos maias-astecas.

Artisticamente primoroso, tem essa falha clamorosa.

Vitória, quinta-feira, 5 de abril de 2018.

GAVA.

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