O Espólio do Estado
Falamos do fim do Estado neste Livro
181 em O Fim do Estado e Começo de Novo
e em A Morte do Estado e o Custo Dele
Hoje, depois de termos começado a pensar no fim do poder Legislativo. Todo
o Estado custa no mundo mais de US$ 10 trilhões/ano, quer dizer, 10 VEZES a
presumida produção anual do Brasil ou 400 VEZES a do Espírito Santo, “tipo
assim” (como dizem os jovens) 400 vezes o esforço anual de toda a gente
capixaba, mais de 3,5 milhões de pessoas.
Quando se fala em morte fala-se em espólio,
em herança, e os urubus aparecem sorrateiros (no dASXXI: 1. Que faz as coisas
manhosamente, pela calada, de sorrate. 2. Matreiro, manhoso, astuto), rondando
para morder a carniça ou o bicho ainda vivo. Os aproveitadores se mostram
rapidamente: todos querem pegar uma parte, legítima ou não. As empresas
privadas se jogam para pagar 1.000 no que custou 100.000. O povo é que sofre,
porque pagou os 100.000 ou, devido ao caixa dois, 200.000 ou mais, sei lá.
É porisso que falou numa transição de
30 ou 60 anos para administrarmos ajuizadamente o nascimento do novo governo
mundial gerido por todos, pois se trata de CRESCIMENTO, e o povo e as elites
devem crescer até lá, até aquelas alturas. Que serviços devem ser desmontados
logo e quais depois? A educação é uma transição especialmente difícil. E acabar
com as forças armadas é complicado, pois há a questão da defesa: só a plena
globalização permitiria construir uma forçapoder universal efetiva em todo o
Globo. Quem construiria as estradas, quem proviria cultura e tantas coisas que
o estado faz (mal) hoje em dia?
Tudo precisa ser assumido MELHOR por
colegiados que se auto-organizarão. Falar é fácil, na hora de fazer é que são
elas! Na hora de fazer ficam três ou quatro “gatos pingados”, como já sabemos.
É um aprendizado muito longo e só dará certo se o próprio Estado atual decidir
SE SUBSTITUIR por outro mais avançado DE CONSENSO. É o Estado atual que precisa
ser convencido a se dissolver e se substituir. Não se trata de promover uma
revolução sangrenta de retirada de um para colocar outro também perverso no
lugar e sim de o Estado de hoje compreender que deve fazer a passagem, dar o
salto para novas alturas. É esse convencimento que precisa ser colocado.
Assim, o Estado atual dará seu espólio
ao Estado futuro e não aos aventureiros de plantão, aos gananciosos
espoliadores.
Vitória, sexta-feira, 22 de setembro
de 2006.
ESPÓLIO (no dicionário Aurélio Século XXI e
na Internet)
[Do lat. spoliu. ] S. m. 1. Bens que
alguém, morrendo, deixou. 2. Aquilo de que alguém foi espoliado. 3. Despojos,
restos.
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Dicionário Jurídico: Espólio
Espólio é o conjunto de bens,
direitos, rendimentos e obrigações (patrimônio) que foram deixados pela
pessoa falecida, os quais serão partilhados no inventário entre os herdeiros
ou legatários.
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