A
República Mineira
Li livro sobre a Inconfidência Mineira, sobre
Tiradentes, também sobre o venenoso Padre Rolim, pessoas das mais daninhas que
já houve. Quanto a Tiradentes, era uma matraca, falava a torto e a direito. A
Inconfidência toda foi coisa de principiantes, infantil, algo de provinciano no
pior sentido, sem planejamento, sem exércitos e marinha, sem financiamento, sem
apoio – tudo de censurável.
Foi bom que tivesse dado errado.
Os atos de Dona Maria, rainha de Portugal,
foram deploráveis, algo que ainda estaremos cobrando daqui a mil anos, não é à
toa que se tornou louca, Dona Maria, a Louca, louca de pedra, mandar enforcar Tiradentes
e esquarteja-lo foi de uma indignidade sem par.
Quanto a ele, tinha grande dignidade, quase todos
escaparam de um jeito ou outro, poucos foram enforcados. Só o destino do
conjunto, seguindo um por um até o término das penas, já daria livro muito
interessante. Os padres foram protegidos, enviados para Portugal.
Agora, pense se tivesse dado certo.
Minas Gerais teria se tornado independente,
livraria guerra com a Coroa, talvez Rio de Janeiro tivesse se juntado, e São
Paulo, o reino teria se reunido a partir
das províncias, enviaria gente de ultramar, de Portugal e colônias, seria morticínio
tremendo. O Brasil teria se fragmentado, não seria o país-continente de hoje, tornar-se-ia
um conjunto de paisinhos com o restante da América Latina, coisa lamentável. A
vitória da Inconfidência teria rebentado o Brasil em dúzias de pedacinhos
ridículos, como são os países da América do Sul atuais, lá teria ido o Brasil
Superpotência do futuro: RJ, MG e SP travariam guerras durante décadas até
recuperar parte do que já era Brasil.
Deploro o que a louca fez, mas também não
aprovo a Inconfidência, foi melhor que fracassasse. As pessoas pensam nela como
se estivesse liderando a independência do país inteiro, longe disso, queriam
segmentar.
Vitória, sábado, 21 de abril de 2018.
GAVA.
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