O Rei-Ungido da Ditadura Religiosa Universal das Relíquias Sagradas

 

Caso existam, caso sejam encontradas, caso (é muito “se”) sejam mostradas, caso tudo transcorra como raciocinei, a ditadura universal será fatal, com todas as guerras e conflitos de reunião do corpomente disperso da humanidade.

Fatal.

Incontornável.

Rápida e ligeira no colapso de todas as liberdades antigas antirreligiosas (mas não das liberdades democráticas, agora regidas pelo fervor fanático dos novos adeptos da Fé, cada qual mais gritador que o outro – a gente tende a nem acreditar que tais ou quais pessoas, de “repugnantes negadores” se converterão nos fiéis mais intensos e demonstrativos berrando nas reuniões -, até o ponto da apoplexia, do colapso da razão, se não forem detidos em suas manifestações lunáticas).

E nisso vem sempre o apaziguamento pelo rei-ungido, o pano de fundo que permitirá a aquietação das massas, a dinastia sagrada e a nova família sagrada representantes de Cristo-Deus, tendente sempre às degenerações mais adiante, se não for constantemente vigiada (como coloquei no MP Modelo Pirâmide logo no início) por grupos ocultos e super escondidos.

E quem será tal rei-verdadeiro?

Ah, sempre encontram um, é questão de dar estabilidade ao coletivo, fixar um ponto inquestionável e deixar a briga correr nos andares inferiores. Sopapos para lá e para cá e lá em cima o rei imperturbável indicando o Estado e seus áulicos ou palacianos, seus bajuladores infames.

Isso sempre custará fraçãozinha do PIB mundial, porém riqueza pessoal indizível, esbanjamento feérico oriental que deve ser contido na marra; porém, o valor sempre será menor do que deixar lavrar a disputa geral de todos contra cada um e cada um contra todos.

Como sabemos, no frigir dos ovos, no calor dos acontecimentos de libertação sempre há alegria desvairada, depois sobrevém o trono, o custo da corte, as demonstrações, o rearranjo da geo-história para apontar justamente o alvo escolhido e assim por diante aquilo já visto (as demonstrações cabais sequenciais inexistem, não há teses).

O rei-ungido sempre é adequado, o primeiro da dinastia, depois vem os demônios já nos filhos ou netos, o povelite mundial deve vigiar ardentemente.

Vitória, sábado, 14 de abril de 2018.

GAVA.