quinta-feira, 19 de abril de 2018


Então Quase Todos Seriam Salvos?

 

O FILME

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Em Valência, um grupo de assaltantes com explosivos invade o Banco Mediterrâneo e faz vários reféns. Com um plano estrategicamente traçado, Uruguayo, o líder deles, esconde dos demais o real motivo do assalto.
Data de lançamento: 3 de março de 2016 (Argentina)

Muito bom, muito competente, nível de qualidade internacional, argentino melhor que os brasileiros, disparado.

No final os bandidos são premiados, escapando com segredos de bandoleiros do governo espanhol, piores ainda. O título já é capcioso, porque a pergunta seria a do título: já que tantos roubam e furtam, se seguiria que todos deveriam ser perdoados e não haveria mais, imperfeito que seja, sistema de justiça humana? A pergunta é retórica: claro que não. Ambos devem ser condenados, tanto os primeiros ladrões quanto os segundos, que roubaram dos primeiros. O que está em jogo é tomar o alheio, pegar sem autorização, e há aí DOIS FURTOS, por conseguinte, dois condenáveis.

À parte isso, a direção é competente e os atores (não há proeminência de atrizes), muito bons, certamente serão convidados a atuar no exterior. A cinegrafia argentina e espanhola caminham a passos largos, ao contrário da brasileira, mexicana e de outros – neste particular – subdesenvolvidos, no caso brasileiro o mirar constante ao próprio umbigo do eixo RJ-SP, tristeza de dar dó.

O cinema francês também deu a volta por cima e saiu daquele didatismo demente, segundo o qual se sentiam tão superiores que no decorrer da película paravam para dar lições ao mundo.

Só o cinema brasileiro fica nesse redemoinho de incompetências.

Vitória, quinta-feira, 19 de abril de 2018.

GAVA.

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